conecte-se conosco


Mundo

Trump sabia que suas acusações não tinham embasamento, dizem deputados

Publicado

source
Segunda audiência sobre o ataque ao Capitólio, instigado por apoiadores de Trump, ocorreu nesta segunda (13)
Reprodução/Twitter

Segunda audiência sobre o ataque ao Capitólio, instigado por apoiadores de Trump, ocorreu nesta segunda (13)

A comissão independente da Câmara dos Estados Unidos que investiga o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, pôs o impacto da retórica falsa de fraude eleitoral do então presidente Donald Trump sob os holofotes nesta segunda-feira (13). Na segunda de ao menos seis sessões televisionadas, os parlamentares chamaram atenção para a Grande Mentira: o republicano sabia que suas alegações não tinham qualquer embasamento na verdade, mas mesmo assim continuou a promovê-las na tentativa de subverter a escolha popular.

Ao contrário da primeira sessão, em que os deputados traçaram um esboço do que estava por vir, a comissão apresentou mais detalhes da investigação de quase um ano, que analisou cerca de 125 mil documentos e entrevistou mais de mil pessoas. Segundo uma das integrantes da comissão, a deputada Zoe Lofgren, democrata da Califórnia, a “Grande Mentira foi também uma grande fraude”:

“Trump e seus conselheiros sabiam que as alegações eram falsas, mas continuaram a promovê-las até o momento em que uma turba de apoiadores de Trump atacou o Capitólio”, disse ela. “A campanha de Trump usou essas alegações falsas para arrecadar centenas de milhares de dólares de apoiadores a quem foi dito que suas doações seriam para a batalha jurídica, mas a campanha não usou o dinheiro para isso. A Grande Mentira foi também uma grande fraude.”

Para ilustrar a narrativa, recorreram a trechos de falas do próprio presidente e a depoimentos gravados de pessoas próximas à Trump, como sua filha, Ivanka, seu genro, Jared Kushner, o ex-conselheiro Jason Miller e o ex-advogado pessoal do então presidente, Rudolph Giuliani. Segundo a comissão, Giuliani era uma das pessoas que pressionavam para que os republicanos declarassem a vitória.

Segundo Miller, que falou em um vídeo gravado, Giuliani estava “definitivamente embriagado” quando os republicanos se reuniram para discutir o que Trump deveria dizer na noite da eleição. Além do ex-prefeito nova-iorquino, de Miller e do ex-presidente, estavam presentes o conselheiro Justin Clark, o chefe de Gabinete, Mark Meadows, e o diretor da campanha republicana, Bill Stepien.

“Houve sugestões, acredito que do prefeito Giuliani, para declarar vitória e dizer que havíamos ganhado de cara”, disse Stepien, também em gravação. “Era cedo demais para fazer algo assim. Os votos ainda estavam sendo contados. Eu lembro de dizer isso”, completou, afirmando que Trump “achava que eu estava errado”.

Stepien seria a testemunha-chave dos procedimentos desta segunda, mas cancelou faltando uma hora para o início da sessão após sua mulher entrar em trabalho de parto. As mudanças de última hora atrapalharam os planos da comissão investigativa, que adiou o início dos procedimentos em mais de 40 minutos.

As audiências previstas para este mês são um esforço da comissão bipartidária de nove deputados — sete democratas e dois republicanos — para destrinchar os eventos que culminaram na letal invasão do Capitólio, há 17 meses. Pouco após um inflamado discurso de Trump, a sede do Congresso americano foi invadida por turbas de seus aliados durante a sessão conjunta que sacramentaria a vitória de Joe Biden. Legalmente, o poder da comissão é limitado: por mais que possa recomendar a abertura de investigações criminais, a decisão final cabe ao Departamento de Justiça. A meta do grupo é fazer uma apresentação coesa que narre para o maior número de americanos o que aconteceu nas semanas antes e depois ao pleito de 2020, pondo Trump no centro da narrativa.

A primeira audiência, transmitida ao vivo em horário nobre, ocorreu na quinta-feira (9) e caracterizou o comportamento do ex-presidente como uma “tentativa de golpe de estado”. Recorrendo também a trechos de depoimentos de várias das pessoas mais próximas do então presidente, os parlamentares fizeram uma apresentação do que virá à tona nas próximas audiências.

Haverá mais duas audiências nesta semana, uma na manhã de quarta (15) e outra na quinta (16), durante a tarde. A expectativa é que a última sessão ocorra em horário nobre, no fim do mês.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .

Fonte: IG Mundo

Comentários Facebook
publicidade

Mundo

Presidente da COP28 nega suposta negociação petrolífera dos EAU

Publicado

A COP28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Reprodução/ENGIE – 09.06.2023

A COP28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) , que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), negou as acusações de estar buscando acordos petrolíferos durante o encontro desta quinta-feira (30).

Nesta semana, uma investigação conjunta entre a Center for Climate Reporting ( CCR) e a BBC veiculou supostos e-mails do Sultão al-Jaber , que é o presidente-executivo da empresa petrolífera nacional Adnoc e o enviado climático dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o presidente, “essas alegações são falsas, não são verdadeiras, são incorretas e não são precisas”. A fala foi dada em uma coletiva com repórteres, nesta quarta-feira (29), um dia antes dos encontros que ocorrerão devido a COP28 nas próximas duas semanas.

“É uma tentativa de minar o trabalho da presidência da COP28 . Deixe-me fazer uma pergunta: você acha que os Emirados Árabes Unidos ou eu precisaremos da COP ou da presidência da COP para estabelecer acordos comerciais ou relações comerciais?”, continua.

As informações vazadas mostram documentos informativos preparados pela equipe que coordena a COP28 antes das reuniões bilaterais com 27 líderes mundias. Esses preparativos são feitos como parte do processo diplomático com os governantes. Entretanto, no briefing, além dos assuntos relacionados às negociações climáticas, a equipe acrescentou nos “pontos de discussão” e “perguntas” sobre a Adnoc e a Masdar — empresa de energia sustentável, também presidida por Al Jaber.

A BBC informou que o briefing inclui nos pontos de discussão 15 países que a Adnoc pretende trabalhar na extração de petróleo e gás. Alguns exemplos são a China, Moçambique, Canadá e Austrália, dizendo que a empresa está “disposta a avaliar conjuntamente as oportunidades internacionais de GNL [gás natural liquefeito]”. Outro exemplo é a Colômbia, onde a Adnoc diz “estar pronta” para ajudar no desenvolvimento das reservas de petróleo e gás.

Na coletiva, al-Jaber pediu: “Por favor, pela primeira vez, respeite quem somos, respeite o que alcançamos ao longo dos anos e respeite o facto de termos sido claros, abertos, limpos, honestos e transparentes sobre como queremos conduzir este processo COP”.

Fonte: Internacional

Comentários Facebook
Continue lendo

Mundo

Hamas afirma que bombardeio de Israel matou bebê e familiares reféns

Publicado

Segundo o Hamas, o bebê de 10 meses, o seu irmão e sua mãe foram mortos no bombardeio feito pelas Forças de Israel
Twitter

Segundo o Hamas, o bebê de 10 meses, o seu irmão e sua mãe foram mortos no bombardeio feito pelas Forças de Israel

As Forças de Defesa de Israel (FDI) se pronunciaram após a alegação feita pelo grupo extremista Hamas nesta quarta-feira (29), dizendo estar investigando se a afirmação é verdadeira. Segundo o grupo armado, um bombardeio realizado por Israel acarretou na morte do refém mais jovem israelense, Kfir Bibas, de 10 meses. Além do bebê, o seu irmão de quatro anos, Ariel, e sua mãe, Shiri, também teriam morrido durante o ataque.

A alegação feito pelo Hamas, entretanto, não possui quaisquer provas. No comunicado emitido pela FDI diz que estão “avaliando a precisão das informações”.

A FDI ainda informou que conversou com a família das supostas vítimas, e que estão com eles “neste momento difícil”.

Segundo o comunicado da FDI, “o Hamas é totalmente responsável pela segurança de todos os reféns na Faixa de Gaza. O Hamas deve ser responsabilizado. As ações do Hamas continuam a colocar em perigo os reféns , que incluem nove crianças. O Hamas deve libertar imediatamente os reféns”.

Ao Canal 12 de Israel, o primo de Shiri, Jimmy Miller, cedeu uma entrevista dizendo que a FDI informou a família sobre a alegação do Hamas. “O Hamas os sequestrou vivos, o Hamas é o responsável pela saúde deles e o Hamas precisa devolvê-los vivos”, disse o familiar.

“Não nos importamos se eles os transferiram para outra pessoa ou para outra entidade, eles são [exclusivamente] responsáveis ​​por trazê-los de volta para nós vivos e bem”, continua Miller.

A família de Shiri confirmou que receberam “soube das últimas reivindicações do Hamas”, e que elas foram veiculadas em um comunicado do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos.

“Estamos aguardando que a informação seja confirmada e, esperançosamente, refutada pelas autoridades militares. Agradecemos ao povo de Israel pelo seu caloroso apoio, mas solicitamos gentilmente privacidade durante este momento difícil”, afirmaram.

Shiri e os dois filhos estavam desaparecidos. Entretanto, no início da semana, o porta-voz principal das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, havia afirmado que acreditava que eles não estavam com o Hamas.

Há quase uma semana, não há novos bombardeios em Gaza por conta do acordo de cessar-fogo, que começou a valer na última sexta-feira (24).

Após a alegação do Hamas, acredita-se que Shiri, o marido Yarden e os dois filhos foram sequestrados no kibutz Nir Oz, no dia 7 de outubro. Na ocasião, o Hamas assassinou cerca de um quarto dos moradores da comunidade, disparando contra as casa das pessoas.

Fonte: Internacional

Comentários Facebook
Continue lendo

Política RO

Cidades

Policial

Mais Lidas da Semana