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Agronegócio

Produtores continuam aguardando a liberação dos R$ 12 bilhões do BNDES

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A semana começou com expectativa e apreensão no setor agropecuário brasileiro. Apesar do anúncio do programa extraordinário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 12 bilhões em créditos para liquidação de dívidas rurais, para agricultores afetados por perdas consecutivas de safra e calamidades reconhecidas nos últimos quatro anos, o dinheiro ainda não chegou à ponta.

Desde quinta-feira (16.10), o protocolo para pedidos está aberto nas instituições financeiras, e cerca de 1,2 mil propostas já foram encaminhadas em menos de 24 horas. O ambiente, porém, é de preocupação: o trâmite da linha é mais complexo que o usual porque envolve a criação de novos contratos e o registro inédito dessas operações em sistemas oficiais do Banco Central. O Sicor, sistema responsável pelo registro de crédito rural e do Proagro, ainda está sendo adaptado para receber este tipo de empréstimo. A previsão para conclusão é de que isso seja feita nesta segunda-feira (20.10).​

Especialistas relatam que, enquanto a formalização do crédito depende do “carimbo” técnico do Banco Central, o dinheiro ainda não foi liberado às agências bancárias nem repassado aos produtores. O Tesouro Nacional já efetuou a transferência dos R$ 12 bilhões ao BNDES na última semana, etapa fundamental para o início do programa, mas a expectativa do governo e de consultorias do setor é que os desembolsos só ocorram, de fato, a partir de novembro.​

A situação preocupa principalmente produtores do Sul do país, onde a demanda por renegociação é recorde após estiagens consecutivas e enchentes. Bancos como o Banrisul já criaram fluxos exclusivos para agilizar processos, enquanto outros agentes — como o Banco do Brasil — ainda aguardam a liberação do Sicor para enviar propostas ao BNDES. Somente após o registro e formalização dos contratos, o dinheiro será transferido aos bancos e, em seguida, aos produtores para quitação dos débitos, etapa que pode demorar mais de um mês.

Fica claro que, apesar da mobilização governamental e do interesse manifesto pelos agentes financeiros, a reestruturação das dívidas rurais enfrenta obstáculos administrativos e tecnológicos que podem atrasar o acesso ao crédito. Muitos produtores aguardam quitação para conquistar novos financiamentos e garantir o custeio da safra 2025/26, mas o caminho entre o anúncio oficial e o repasse de recursos segue longo e incerto.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Exportações de grãos somam 153,9 milhões de toneladas e mantêm o país entre líderes globais

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As exportações brasileiras de soja, farelo de soja, milho e trigo atingiram 153,9 milhões de toneladas em 2025, segundo levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) com base em dados da Cargonave. O volume, contabilizado até a 42ª semana do ano, consolida o Brasil entre os maiores exportadores mundiais de grãos e reafirma o setor como pilar da economia nacional.

Apesar do desempenho expressivo, o número representa ligeira redução frente a 2024, quando o país embarcou cerca de 160,5 milhões de toneladas dos quatro produtos analisados. Especialistas apontam que o resultado reflete ajustes pontuais de oferta e demanda, sem comprometer a tendência de longo prazo de crescimento e liderança do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.

A soja manteve-se no topo da pauta exportadora, com 102,4 milhões de toneladas embarcadas até outubro — alta de 5,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A sustentação da demanda chinesa e a eficiência da infraestrutura portuária brasileira, especialmente em Santos, Paranaguá e Rio Grande, garantiram o bom desempenho do grão, que responde por mais de dois terços do total exportado.

O Brasil exportou 19,4 milhões de toneladas de farelo de soja até a 42ª semana, retração de 14,7% sobre 2024. O recuo é atribuído ao maior consumo interno para ração animal e à redução nas margens das indústrias processadoras. Mesmo com a queda, o produto continua sendo importante componente da balança agrícola, com destaque para os embarques via Santos, Paranaguá e Itaqui (São Luís).

As exportações de milho somaram 30,5 milhões de toneladas em 2025, ante 37,8 milhões no ano anterior, queda de cerca de 19%.
A redução é explicada pela menor disponibilidade interna, após ajustes na safra 2024/25, e pela concorrência acirrada com os Estados Unidos no mercado internacional. Santos, Itaqui e Barcarena seguem como os principais portos de escoamento desse cereal.

O trigo apresentou o recuo mais expressivo do ano: 1,47 milhão de toneladas, contra 2,58 milhões em 2024 — retração de 43%. Os resultados foram afetados por condições climáticas adversas no Sul do país e pela elevação do consumo doméstico, fatores que limitaram a oferta exportável.

A movimentação portuária mais uma vez foi decisiva para o desempenho do setor. Santos liderou os embarques nacionais, seguido por Paranaguá, Itaqui, Rio Grande e São Francisco do Sul.
Somados, esses cinco terminais responderam por mais de 70% do volume total exportado até a 42ª semana, evidenciando a eficiência e a capacidade de escoamento da malha logística brasileira.

Em outubro, o país embarcou 16 milhões de toneladas de grãos — sendo 7,3 milhões de soja, 2,08 milhões de farelo e 6,57 milhões de milho. O resultado representa melhora em relação a setembro e aponta recuperação gradual dos embarques no último trimestre.

Mesmo diante das variações entre produtos, o panorama geral segue positivo. A ANEC ressalta que os números passam por revisões mensais, mas reforça que os resultados de 2025 mantêm o Brasil como um dos principais players do comércio mundial de grãos — sustentado por alta produtividade agrícola, eficiência logística e competitividade global.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado lidera setor agrícola e presença entre os maiores produtores do país

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A agricultura baiana segue em ritmo de expansão e consolidou posição de destaque no cenário nacional. De acordo com a mais recente Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, sete municípios do estado figuram entre os 50 com maior valor de produção do Brasil. O resultado confirma a Bahia como principal potência agrícola do Nordeste e segunda colocada no ranking nacional.

O coração da produção está no Oeste da Bahia, região que tem se tornado referência em produtividade e uso de tecnologia no campo. Municípios como São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães e Riachão das Neves impulsionam a economia regional com o cultivo de soja, milho e algodão. Somadas, essas cidades movimentam mais de R$ 23 bilhões em valor de produção anual, representando uma parcela expressiva da renda agropecuária baiana.

Entre os destaques, São Desidério figura como o segundo maior produtor agrícola do país, com forte peso da soja, responsável por mais da metade de sua receita. Formosa do Rio Preto aparece logo atrás, seguida por Barreiras e Correntina, que mantêm ritmo consistente de crescimento sustentado pela diversificação de cultivos e eficiência produtiva.

No Norte baiano, Juazeiro se consolida como polo de fruticultura irrigada, reconhecido nacionalmente pela produção e exportação de manga e uva. A cidade é exemplo do uso estratégico da irrigação e da inovação tecnológica para garantir produtividade em regiões semiáridas.

O governo estadual destaca que os bons resultados são fruto de políticas articuladas que fortalecem a produção, a infraestrutura e o acesso à tecnologia no campo. Investimentos em irrigação, pesquisa, logística e assistência técnica têm garantido competitividade aos produtores e ampliado o alcance do agronegócio baiano.

A articulação entre governo e setor produtivo tem sido apontada como fator-chave para o desempenho. O objetivo é assegurar continuidade a esse modelo de cooperação, voltado à sustentabilidade, à geração de emprego e ao aumento da renda no campo.

Com base sólida em produtividade, inovação e gestão eficiente, a Bahia avança para consolidar-se como exemplo de desenvolvimento agropecuário no Brasil — unindo tradição, tecnologia e compromisso com o crescimento sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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