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Papa Francisco critica brutalidade das forças russas na guerra

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Francisco criticou brutalidade das forças russas
Tânia Rêgo / Agência Brasil – 08/05/2020

Francisco criticou brutalidade das forças russas


Papa Francisco afirmou que a guerra na Ucrânia pode ter “sido de alguma forma provocada ou não impedida”, e fez duras críticas ao que chamou de “brutalidade” das forças russas. Ao mesmo tempo, disse que não se pode resumir o conflito a uma distinção “entre bons e maus”, e acredita que o mundo já vive uma Terceira Guerra Mundial.

As declarações foram feitas no dia 19 de maio, durante uma entrevista a revistas jesuítas europeias, mas divulgadas apenas nesta terça-feira pelo jornal La Stampa e pela revista La Civiltà Cattolica.

Para o pontífice, qualquer análise deve se afastar do conceito maniqueísta de “Bem” e “Mal”: ele afirmou que “algo global” está surgindo, com elementos interligados entre si. Ele mencionou uma conversa com um chefe de Estado, não identificado, que apontou, antes do início do conflito, movimentações que via como preocupantes da Otan e da Rússia.

Nos meses que antecederam o conflito, os dois lados trocaram acusações relacionadas a diferentes visões sobre a segurança regional europeia, que iam além da Ucrânia. 

Essas questões políticas, aponta o Papa, foram deixadas de lado na narrativa da guerra. Em maio, em entrevista ao Corriere della Sera, Francisco disse que a “irritação” do Kremlin pode ter sido provocada pelos “latidos da Otan na porta da Rússia”.

“Aquilo que estamos vendo é a brutalidade e a ferocidade com que esta guerra está sendo conduzida pelas tropas, geralmente mercenárias, utilizadas pelos russos”, disse Francisco. 

“Mas o perigo é que só vemos isso, que é monstruoso, e não vemos todo o drama que se desenrola por trás dessa guerra, que talvez tenha sido de alguma forma provocada ou não impedida.”

Mesmo antes do início da guerra, o Papa Francisco tem se apresentado como um potencial mediador entre Ucrânia, Rússia e governos ocidentais, defendendo a necessidade das negociações para evitar uma nova guerra em solo europeu. Na entrevista, ele deixou claro que, ao mostrar que não há um lado “bom” e um “mau”, não está demonstrando apoio à Rússia.

“Ao chegar neste ponto, alguns poderiam dizer: “Mas você é pró-Putin”. Não, não sou. Seria simplista e errado dizer tal coisa”,  disse Francisco. 

“Sou simplesmente contra reduzir a complexidade [da guerra] à distinção entre bons e maus, sem raciocinar sobre as origens e os interesses, que são muito complexos. Enquanto vemos a ferocidade e a crueldade das forças russas, não devemos esquecer os problemas, para que possamos resolvê-los.” Francisco também exaltou a resistência dos ucranianos.

“Também é verdade que os russos pensaram que tudo acabaria em uma semana. Mas eles cometeram um erro de cálculo. Encontraram um povo corajoso, um povo que luta para sobreviver e que tem um histórico de luta”, declarou Francisco.


Em uma reflexão mais ampla, não apenas sobre a Ucrânia, apontou que há vários conflitos pelo mundo que não recebem qualquer atenção, e disse acreditar que o mundo já vive em um estado de “Terceira Guerra Mundial”, repetindo algo que declarou há oito anos, após uma visita à Coreia do Sul, e que reiterou em livro lançado em abril.

“Há alguns anos me ocorreu dizer que estamos vivendo a Terceira Guerra Mundial em partes. Então para mim, hoje, a Terceira Guerra foi declarada, e isso é algo que deveria nos fazer pensar. O que está acontecendo com a humanidade que teve três guerras mundiais em um século?”, disse Francisco. 

“E isso é ruim para a humanidade, uma calamidade. É preciso pensar que em um século houve três guerras mundiais, com todo o comércio de armas por trás.”

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Fonte: IG Mundo

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Milei escolhe juiz que fez parte de grupo nazista para ser procurador

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Javier Milei
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Javier Milei


Nesta sexta-feira (1º), o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou a nomeação do jurista Rodolfo Barra, de 75 anos, como procurador, decisão que já está gerando controvérsias devido ao histórico polêmico do escolhido, como a integração dele com um grupo neonazista.

A partir de 10 de dezembro, Barra assumirá a posição de Procurador-Geral da Fazenda Nacional, onde se espera que ele forneça assessoria jurídica ao Estado e defenda legalmente as reformas econômicas planejadas por Milei. No entanto, a escolha vem acompanhada de controvérsias relacionadas ao seu passado.

Rodolfo Barra, que já foi juiz do Supremo Tribunal e Ministro da Justiça durante a presidência de Carlos Menem, possui um histórico que inclui sua participação em um grupo neonazista na juventude e seu envolvimento em um ataque a uma sinagoga.

Suas ações nesse contexto foram reveladas pela imprensa, que divulgou fotos dele fazendo a saudação nazista.

Apesar de seu histórico controverso, Barra declarou arrependimento quando suas ações do passado vieram à tona, afirmando: “Se fui nazista, me arrependo.”

A nomeação de Barra foi rejeitada por organizações como o Fórum Argentino Contra o Antissemitismo e por ativistas políticos de esquerda, que a consideraram uma afronta ao espírito democrático e plural da Argentina.

“Um novo governo não pode iniciar a sua administração acolhendo em suas cadeiras indivíduos que professem antissemitismo ou qualquer forma de expressão de ódio”, declarou o órgão, pedindo que a Justiça não permita que Barra tome posse do cargo.


Após se aposentar do cenário político, Barra dirigiu a Auditoria Geral da Nação durante a presidência de Fernando de la Rúa e concentrou suas atividades no setor privado e acadêmico.

Fonte: Internacional

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Corte internacional proíbe Venezuela de anexar região da Guiana

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
Reprodução/Twitter/NicolasMaduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

A Corte Internacional de Justiça, órgão judiciário da ONU, decidiu hoje (1), por meio de uma liminar, que a Venezuela não pode anexar ao país o território de Essequibo ou Guiana Essequiba, uma região rica em minérios da Guiana, país vizinho.

A medida barra o referendo agendado para o dia 3 de dezembro na Venezuela, onde o governo de Nicolás Maduro tenta consultar a população venezuelana sobre a anexação do território da Guiana.

As determinações de Haia são resultados de um requerimento da Guiana, apresentado em 30 de outubro, no órgão da ONU responsável por resolver disputas entre países. O governo venezuelano não reconhece a jurisdição da Corte. Dessa forma, a decisão desta sexta-feira tem valor simbólico para a Venezuela.


Entenda a disputa

A disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo se prolonga há mais de 100 anos. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e representa 74% do território do país vizinho à Venezuela. Ele rica em petróleo, minerais e tem saída para o Oceano Atlântico.

O governo da Guiana classificou a medida como provocativa, ilegal, nula e sem efeito jurídico internacional. Também acusou o líder venezuelano de crime internacional ao tentar enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana.

O país defende o Tratado de Washington de 1897 e o Laudo de Paris de 1899, que determinaram a área como pertencente à Guiana, que era uma colônia britânica na época, e delimitou a linha fronteiriça do território.

Fonte: Internacional

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