O Palmeiras somou importantes três pontos fora de casa e se manteve na liderança do Campeonato Brasileiro nesta 11ª rodada, ao vencer do Coritiba, no Couto Pereira (PR), por 2 a 0, com gols de Dudu, aos 22 do primeiro tempo, e Rony, aos 17 da etapa final, na noite deste domingo (12). Além dos 17 jogos invictos no geral e da liderança, o Palmeiras também pôs fim a um tabu de 25 anos sem vencer no Couto Pereira.
Mesmo tendo sido campeão da Copa do Brasil de 2012 no estádio do Coxa, o Palmeiras conquistou a taça com um empate (1 a 1) e não vencia no local desde 1997: desde então foram 17 jogos – 16 contra o Coritiba e apenas um ante o Paraná Clube, em 2002, pelo Brasileirão. Desta forma, com o resultado, o Palmeiras encerra um tabu de 25 anos.
De quebra, o resultado rendeu ao Alviverde mais três preciosos pontos, e o time de Abel Ferreira foi agora a 22 na tabela, defendo a liderança do certame (o rival Corinthians é o segundo colocado, com 21). O placar de 2 a 0 fez ainda com que o Verdão ampliasse seu saldo como dono do melhor ataque da competição (19 gols) e defesa menos vazada (cinco gols sofridos).
O Palmeiras, aliás, não é vazado há seis jogos completos no Brasileirão. Desde que sofreu o gol de empate na partida contra o Fluminense, em casa, aos 37 do segundo tempo, pela 5ª rodada do Brasileiro, anotado por Cano, o Maior Campeão do Brasil não foi vazado nos seus seis compromissos seguintes pela competição: contra o Bragantino (em casa), Juventude-RS (fora), Santos (fora), Atlético-MG (casa), Botafogo (casa) e agora Coritiba (fora).
A série atual sem sofrer gol já é a melhor no quesito desde 2018, quando o Verdão de Felipão ficou pelas mesmas seis partidas sem sofrer gols na campanha campeã do Brasileiro daquele ano, entre 29 de julho e 26 de agosto, contra o Paraná Clube (em casa), América-MG (fora), Vasco (casa), Vitória-BA (fora), Botafogo (casa) e Internacional (fora). No segundo lugar da lista de times da história do Palmeiras com mais jogos seguidos sem sofrer gol pelo Brasileirão está o time de 1978, com sete duelos intransponíveis, atrás só da campanha campeã de 1973, que acumulou dez.
Seis jogos seguidos sem sofrer gol pelo Brasileirão, quatro por qualquer competição e apenas um gol sofrido nas últimas oito partidas disputadas por qualquer campeonato (na vitória por 4 a 1 sobre o Deportivo Táchira-VEN) em casa, no último dia 24. Números que chamam a atenção. Não à toa, a temporada de 2022 vem se destacando como a menos vazada em toda a história palmeirense na média: são 0,51 gol sofrido por jogo (pois foi vazado 19 vezes nos 37 duelos que disputou, sendo que, destes 37 duelos, em 23 deles não sofreu gol – ou seja, passou em branco no quesito gols sofridos em 62,16%). A temporada que registra a segunda menor média de gols sofridos na história palmeirense é nada mais nada menos do que a Segunda Academia, de 1972, com 0,54 gol por jogo sofrido na média (o lendário time de Oswaldo Brandão foi vazado 44 vezes nos 81 duelos disputados na ocasião).
E como consequência da boa defesa, o Palmeiras registra série atual de 17 jogos seguidos de invencibilidade, na qual incluem-se 13 vitórias e quatro empates, sendo dez destes jogos pelo Brasileirão. Aliás, tanto a série de 17 partidas no geral (por qualquer competição) quanto os dez jogos sem perder pelo Nacional são as atuais maiores séries invictas dentre todas as equipes brasileiras. O último revés sofrido pelo Alviverde foi para o Ceará, por 3 a 2 no Allianz Parque, em 9 de abril, pela primeira rodada do Brasileirão.
Os bons números do Verdão como visitante também foram reforçados nesta noite. Já com o jogo de hoje, o time registra a marca de uma única derrota nas últimas 19 partidas neste cenário – ou seja, perdeu só uma vez fora de seus domínios desde as duas últimas rodadas do Brasileirão do ano passado, quando, na ocasião, o time atuou com jogadores predominantemente oriundos da base nos compromissos contra o Cuiabá-MT (37ª rodada, vitória 3×1) e Athletico-PR (38ª rodada, 1×1) – o fato ocorreu após férias antecipadas dos titulares devido à recente conquista da Libertadores e, inclusive, também contou com comando técnico interino (naqueles duelos fora de casa, a equipe foi comandada por Paulo Victor Gomes, treinador do Sub-20).
Desde que se iniciara a temporada 2022 já com Abel novamente no comando, o único revés como visitante foi sofrido em março, por 3 a 1, para o São Paulo, no jogo de ida da final do Campeonato Paulista. Apenas pelo Campeonato Brasileiro 2022 o Verdão não perdeu longe de casa: foram cinco jogos, três vitórias (Juventude, Santos e Coritiba) e dois empates (Goiás e Flamengo). O último revés como visitante do Verdão no Brasileirão aconteceu em 20/11/2021, pela 34ª rodada do Nacional daquele ano, quando foi superado por 3 a 1 no Castelão. Desde então, são sete jogos sem perder como visitante no Brasileiro – dois em 2021 e outros cinco pela edição de 2022.
Além disso, este foi o sexto gol do camisa 10 só neste Brasileirão, o que faz dele o artilheiro isolado do Palmeiras no Nacional. Na temporada 2022, de forma geral, ele é o vice-goleador, agora com 13 bolas na rede, atrás só de Raphael Veiga, com 16.
Aliás, em decorrência da vitória, outros jogadores também se deram bem em termos estatísticos. A começar por Weverton, que se tornará o oitavo goleiro com mais vitórias pelo clube na história: agora são 134 resultados positivos 234 vezes que esteve em campo. Com este número de vitórias, o camisa 21 empatou com o goleiro Primo, com quem agora divide esta oitava posição – Primo foi um dos primeiros ídolos do Palestra Italia, tendo defendido a equipe entre 1918 e 1927, titular da campanha campeã do primeiro título da história palmeirense (o Paulista de 1920) e também do bicampeonato estadual de 1926 e 1927.
Marcos Rocha foi outro jogador que se beneficiou estatisticamente em decorrência do resultado. Ao participar do triunfo, o lateral chegou à marca de 122 vitórias pelo Palmeiras em 210 partidas realizadas. Isso coloca o camisa 2 como 7º jogador do Top 10 de palmeirenses com mais vitórias pelo Palmeiras neste século, ao lado do chileno Valdivia.
O JOGO
Desde o início, o Palmeiras não tomou conhecimento de estar jogando fora de casa e impôs o ritmo da partida, e ainda com menos de dez minutos, assustou o Coxa, que jogou fechado, com três zagueiros. O time alviverde paulista obrigou o goleiro Rafael Willian a trabalhar com chutes de Scarpa e Dudu.
Depois do bombardeio de ataques palmeirenses logo de início, os donos da casa até conseguiram demonstrar certa movimentação, mas a resposta não veio à altura. O Alviverde seguiu superior e, aos 22 minutos, abriu a contagem com um golaço de Dudu, após receber a bola na entrada da área e colocá-la no canto direito. (Coritiba 0x1 Palmeiras)
Até o fim do primeiro tempo, o Verdão ofereceu os maiores perigos, com Dudu, Scarpa e Rony. Para a segunda etapa, o Palmeiras voltou do vestiário com time igual – ressaltando que Marcos Rocha havia sido substituído aos 28 do primeiro tempo por Gustavo Garcia após sentir desconforto.
Após algumas movimentações mais intensas do Coritba, que voltou modificado e até uma paralisação devido a uma confusão envolvendo a torcida do Coxa e gás de pimenta da polícia, o Palmeiras respondeu aos 17 minutos com um gol em bela jogada de contra-ataque: Zé Rafael lançou para Gabriel Veron. Veron, por sua vez, tocou de primeira para Rony, de pé direito, concluir livre de marcação. (Coritiba 0x2 Palmeiras)
Após abrir vantagem por 2 a 0 com menos de 20 minutos do segundo tempo, o Palmeiras sem muitos problemas administrou o resultado até o fim, principalmente depois da expulsão do meia Thonny Anderson, aos 25 minutos, após uma entrada violenta em Rony confirmada até pelo VAR.
Desta forma, com um a mais em campo, o Palmeiras sobrou e não só segurou o placar como também balançou as redes mais duas vezes nos minutos finais, com Dudu e com Jorge, mas as jogadas estavam em posição de impedimento.
Para compensar a paralisação no início do segundo tempo, dez minutos de acréscimos foram concedidos, mas o placar final da partida se consolidou mesmo em 2 a 0 pró Verdão, líder por outra rodada.
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha (Gustavo Garcia, aos 28’/1ºT), Murilo, Luan e Piquerez (Jorge, aos 37’/2ºT); Danilo (Fabinho, aos 34’/2ºT), Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Gabriel Veron (Wesley, aos 34’/2ºT), Dudu e Rony (Navarro, aos 34’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira.
Gols: Dudu (22’/1ºT) (0-1) e Rony (17’/2ºT) (0-2).
O Fluminense conquistou na noite desta quinta-feira (23), sua primeira vitória no Campeonato Carioca, o Tricolor derrotou a Portuguesa-RJ por 3 a 1 no Estádio Luso-Brasileiro, em partida válida pela quarta rodada. Keno e Cano (duas vezes) marcaram os gols da vitória tricolor, enquanto Romarinho descontou para a Lusa.
A partida marcou a estreia do volante Hércules, reforço para a temporada, e a primeira utilização do time principal pelo técnico Mano Menezes, que vinha utilizando uma equipe alternativa nos primeiros jogos. O Fluminense havia empatado com o Sampaio Corrêa e o Maricá, e perdido para o Volta Redonda.
O jogo começou com a Portuguesa-RJ criando a primeira chance de perigo, em chute de Lucas Mota defendido por Fábio. No entanto, aos dez minutos, o Fluminense abriu o placar com Keno, aproveitando cruzamento de Serna. Aos 26, Samuel Xavier sofreu pênalti, e Cano converteu, ampliando a vantagem. A Portuguesa-RJ diminuiu aos 37, com Romarinho aproveitando cruzamento de Joãozinho.
No segundo tempo, o Fluminense ampliou logo aos 13 minutos, com Cano aproveitando rebote do goleiro Bruno após cruzamento de Serna. Após o terceiro gol, Mano Menezes promoveu as entradas de Canobbio e Kauã Elias nos lugares de Keno e Cano, respectivamente. O Fluminense ainda criou boas chances com Kauã Elias, Bernal, Riquelme e Canobbio, que acertou a trave. Já a Portuguesa-RJ, apesar de alguns bons momentos, não conseguiu reagir.
Com a vitória, o Fluminense chega a cinco pontos e ocupa a sexta posição na tabela. A Portuguesa-RJ, com seis pontos, está em quarto.
FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA 1X3 FLUMINENSE
Local: Luso-Brasileiro, Rio de Janeiro (RJ) Data: 23/01/2025 Horário: 21h30 (de Brasília) Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães Cartão amarelo: Anderson Rosa, Kaike, Thomás Kayck e Wellington Cézar (Portuguesa) e Martinelli e Riquelme (Fluminense) Gols: Romarinho, aos 37′ do 1ºT (Portuguesa), Keno, aos 10′ do 1ºT, e Cano, aos 32′ do 1ºT e aos 13′ do 2ºT (Fluminense)
PORTUGUESA: Bruno; Lucas Mota (Joazi), Ian Carlo, Thomás Kayck (Iran) e Kaike (Marcus Vinícius); Wellington Cézar, João Paulo, Anderson Rosa e Romarinho (Elicley); Joãozinho (Lucas Santos) e Lohan. Técnico: Douglas Ferreira.
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Ignácio, Thiago Santos e Gabriel Fuentes; Martinelli (Facundo Bernal), Hércules e Lima (Isaque); Serna (Riquelme), Keno (Canobbio) e Cano (Kauã Elias). Técnico: Mano Menezes.
O Vasco conquistou nesta quinta-feira (23), sua primeira vitória no Campeonato Carioca. O Gigante da Colina derrotou o Madureira por 2 a 0 na Arena da Amazônia, em Manaus, pela quarta rodada do Estadual. A partida marcou a estreia do técnico Fábio Carille e dos reforços Lucas Oliveira e Tchê Tchê, além da utilização do time principal pela primeira vez no ano.
A partida foi precedida por uma troca de farpas entre os clubes, com o Madureira acusando o Vasco de “soberba” por não compartilhar o voo para Manaus. Em campo, o Vasco, com força máxima, dominou o primeiro tempo. Aos cinco minutos, Lucas Piton desperdiçou grande chance, chutando para fora. Aos 14, Alex Teixeira parou no goleiro Mota após cruzamento de Tchê Tchê.
O gol vascaíno saiu aos 21 minutos, após erro na saída de bola do Madureira. Tchê Tchê aproveitou a falha e tocou para Paulinho, que finalizou para abrir o placar. O Madureira tentou reagir e levou perigo aos 44 minutos, com um chute de Marcelo após cobrança de escanteio.
No segundo tempo, o Madureira voltou melhor e criou oportunidades com Renato Henrique e Gustavo Coutinho. O Vasco respondeu com Vegetti, que recebeu ótimo passe de Philippe Coutinho, mas finalizou para fora.
Carille promoveu as primeiras substituições aos 20 minutos, com as entradas de Maxime Dominguez e Mateus Carvalho nos lugares de Alex Teixeira e Paulinho. Aos 29, Payet substituiu Coutinho. Apesar das mudanças, o Vasco só voltou a marcar nos acréscimos. Aos 50 minutos, Vegetti, de cabeça, aproveitou cruzamento da direita e fechou o placar em 2 a 0.
Com a vitória, o Vasco chega a seis pontos e ocupa a quinta colocação. O Madureira, com quatro pontos, está em décimo.
FICHA TÉCNICA
VASCO 2X0 MADUREIRA
Local: Arena da Amazônia, Manaus (AM) Data: 23/01/2025 Horário: 21h30 (de Brasília) Árbitro: Júlio César de Oliveira Cartão amarelo: Paulinho e Léo Jardim (Vasco) e Marcelo e Minho (Madureira) Gols: Paulinho, aos 21′ do 1ºT, Vegetti, aos 50′ do 2ºT (Vasco)
VASCO: Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez), João Victor, Lucas Oliveira e Lucas Piton; Jair, Tchê Tchê (Hugo Moura), Paulinho (Mateus Carvalho) e Philippe Coutinho (Payet); Alex Teixeira (Maxime Dominguez) e Vegetti Técnico: Fábio Carille
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