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Agronegócio

Nordeste surpreende com crescimento econômico acima da média

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A Região Nordeste, historicamente considerada um desafio no cenário econômico brasileiro, tem se destacado como um motor de crescimento para o país. Dados recentes do Banco do Brasil mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 3,8% em 2024, superando a média nacional, de 3,5%. Esse resultado reflete não apenas a resiliência econômica do Nordeste, mas também a consolidação de setores estratégicos, como o agronegócio, a indústria e os serviços.

Entre os estados nordestinos, Paraíba e Rio Grande do Norte lideraram o crescimento, com altas de 6,6% e 6,1%, respectivamente. Esses resultados colocaram os dois estados no topo do ranking nacional de expansão econômica, reforçando o papel do Nordeste como uma região de oportunidades.

O agronegócio é um dos pilares desse desempenho. Nos últimos quatro anos, a produção agropecuária do Nordeste cresceu impressionantes 43%. A produção de grãos, por exemplo, avançou 8,6% em 2024, com destaque para culturas como soja e milho, que têm encontrado terreno fértil na região. Além disso, o Nordeste é líder nacional na produção de manga e tem ampliado sua participação em mercados de frutas tropicais e temperadas, como uva e melão, com forte presença no mercado externo.

A Bahia e o Maranhão respondem por mais de 73% das exportações agropecuárias da região, consolidando-se como importantes players no comércio internacional. Em janeiro de 2025, as perspectivas são de que o agronegócio continue liderando o crescimento regional, com alta projetada de 2,9%, segundo o Banco do Brasil.

Além do agronegócio, outros setores contribuíram para o desempenho positivo. A indústria nordestina cresceu 3,4% em 2024, superando ligeiramente a média nacional de 3,3%. O setor de serviços também registrou resultados sólidos, com alta de 4%, acima do índice nacional de 3,6%.

Embora o setor agropecuário tenha apresentado retração em algumas partes do Brasil, a queda no Nordeste foi menos acentuada (-1,7%), demonstrando a capacidade da região de mitigar os impactos de fatores externos.

No mercado de trabalho, o Nordeste acumulou a criação de 2,2 milhões de empregos até novembro de 2024, reduzindo a taxa de desocupação para 6,1%. Esse avanço está alinhado com investimentos em infraestrutura, como a conclusão da Ferrovia Transnordestina, que promete integrar ainda mais a região ao restante do país.

PERSPECTIVAS PROMISSORAS – Com um crescimento regional projetado de 1,9%, o Nordeste deve continuar sendo um destaque econômico, com o agronegócio liderando os avanços. Os setores de serviços e indústria também devem contribuir significativamente para a retomada econômica.

O Nordeste, que até bem pouco tempo era visto como improdutivo, reafirma seu papel como um celeiro de inovação, produtividade e oportunidades para o Brasil que produz. Essa transformação reflete não apenas a força da região, mas também a integração de políticas públicas e privadas que valorizam seu imenso potencial.

Imagem: assessoria

O presidente do Instituto do Agronegócio (IA) Isan Rezende (foto) lembrou que os números recentes do Nordeste são um testemunho claro de que o agronegócio não é apenas uma força econômica, mas também um vetor de transformação social e regional.

“O que antes era visto como uma região com limitações produtivas, hoje é exemplo de inovação, eficiência e sustentabilidade. Estamos presenciando um momento histórico, em que o Nordeste se consolida como um dos grandes motores do agronegócio brasileiro”.

Rezende destacou também as perspectivas para o futuro: “2025 será um ano decisivo para solidificar esses avanços. O agronegócio no Brasil, de forma geral, deve continuar crescendo acima da média global, graças ao investimento em tecnologia, logística e práticas sustentáveis. No Nordeste, o potencial é ainda maior, com projeções que mostram aumento significativo na produção de grãos, frutas e outros cultivos estratégicos para o mercado interno e externo”.

O presidente reforçou a importância da integração regional e do papel do agronegócio no cenário nacional: “O crescimento do Nordeste não é isolado, ele fortalece o Brasil como um todo. Precisamos continuar apoiando políticas públicas e privadas que incentivem o desenvolvimento integrado, investindo em infraestrutura e qualificação da mão de obra local. O agronegócio é a espinha dorsal de nossa economia, e o Nordeste, com sua capacidade de adaptação e inovação, está liderando o caminho para um futuro mais próspero e sustentável”.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fruticultura impulsiona superávit comercial e consolida liderança nacional

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O agronegócio paulista, pilar do superávit da balança comercial brasileira, encerrou 2024 com resultados notáveis no mercado internacional de frutas. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), as exportações de frutas movimentaram mais de US$ 250 milhões, um crescimento de 13% em relação a 2023.

Os limões e limas consolidaram-se como os principais produtos da pauta exportadora, representando 50% do valor total das exportações (US$ 121 milhões) e totalizando 112 mil toneladas enviadas ao exterior. Outras frutas, como a manga (US$ 14 milhões) e o mamão (US$ 1,5 milhão), também contribuíram significativamente para os resultados.

“São Paulo é hoje o principal estado exportador do país graças à diversificação de culturas e à excelência técnica dos nossos produtores. Esses fatores impulsionam tanto o mercado interno quanto o desempenho no comércio exterior”, afirmou Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento.

O cenário cambial em 2024 foi decisivo para o avanço das exportações paulistas. Com o dólar encerrando o ano cotado a R$ 6,18 (alta de 27,36%), a rentabilidade das vendas externas foi ampliada.

O agronegócio paulista registrou exportações totais de US$ 30,64 bilhões (R$ 184,7 bilhões), um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior, representando 18,6% das exportações agropecuárias brasileiras. O segmento de sucos, liderado pelo suco de laranja, foi destaque, respondendo por 84,1% do volume exportado no país.

Para apoiar a expansão da fruticultura, o governo de São Paulo lançou a Linha de Crédito Fruticultura, vinculada ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). A iniciativa oferece R$ 10 milhões em financiamentos, com taxas anuais de 3%, prazo de 84 meses para pagamento e carência de 24 meses.

“A linha de crédito busca dar suporte ao produtor rural, especialmente em um cenário de desafios climáticos, promovendo o fortalecimento econômico e social do setor”, destacou Daniel Miranda, Secretário Executivo do FEAP.

São Paulo se destaca pela diversificação da fruticultura, com polos produtivos como o Circuito das Frutas, que engloba cidades como Atibaia, Jundiaí, Valinhos e Vinhedo. A região é reconhecida por sua produção de uvas, morangos, pêssegos e caquis, além de fomentar o turismo rural, valorizando a cultura e a economia local.

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“A integração entre pesquisa, extensão rural e rigorosa inspeção de qualidade é essencial para a consolidação da fruticultura paulista como referência nacional e internacional”, concluiu Guilherme Piai.

Com esses avanços, o agronegócio paulista reafirma seu papel estratégico no fortalecimento do setor agrícola brasileiro, promovendo inovação, sustentabilidade e competitividade no mercado global.

 

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Agronegócio

Produção de grãos cresce e consolida o estado como destaque no agronegócio nacional

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A safra 2024/2025 no Tocantins traz perspectivas bastante positivas, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro). A produção de grãos no estado deve alcançar 8,5 milhões de toneladas, um aumento de 10,7% em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidas 7,6 milhões de toneladas.

As culturas de soja e milho continuam sendo as principais responsáveis por esses números expressivos, representando juntas 88% da produção total do estado. A soja, em particular, deve atingir 5,12 milhões de toneladas, um crescimento de 11,9% em comparação à safra passada. Já o milho pode alcançar 2,37 milhões de toneladas, um salto de 12,4%. Além disso, a área plantada total deve crescer 2,9%, chegando a 2,26 milhões de hectares, reforçando a relevância do Tocantins no cenário agrícola brasileiro.

O Tocantins também se destaca no cultivo de arroz, consolidando-se como o terceiro maior produtor nacional, com uma previsão de colheita de 769 mil toneladas. Esse resultado reflete a expertise dos produtores locais e as condições favoráveis ao plantio do grão no estado.

Outro destaque é o cultivo de algodão, que, embora ainda represente uma área menor em comparação a gigantes como Mato Grosso e Bahia, apresenta um crescimento notável. A área plantada deve aumentar 47,06%, alcançando 12,5 mil hectares, enquanto a produção deve crescer 57,97%, atingindo 54,5 mil toneladas de algodão em caroço. Essa expansão demonstra o potencial da diversificação agrícola no Tocantins, impulsionada pela aposta em novas culturas por parte dos produtores locais.

Com a safra 2024/2025, o Tocantins se consolida como um importante player no mercado agrícola nacional. O crescimento expressivo nas principais culturas e a expansão em áreas como o algodão mostram a força do estado na produção de grãos e fibras. O cenário otimista é reflexo não apenas das condições climáticas favoráveis, mas também dos investimentos em tecnologia, pesquisa e gestão eficiente das lavouras, que reforçam o papel do estado no fortalecimento do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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