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Agronegócio

Mulheres falam sobre experiência em conhecer pecuária e turismo no Pantanal

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Palestras técnicas, visitas em propriedades rurais, turismo rural e networking marcaram os quatro dias do “Tour Pantanal Agroligadas”, realizado entre os dias 19 a 22 de junho, em Poconé. O encontro reuniu cerca de 50 mulheres do agro, com o objetivo de proporcionar conhecimento e informações sobre a produção agropecuária local. A avaliação geral das participantes é positiva.

O evento foi organizado pela diretoria das Agroligadas, que montou um grupo de trabalho formado pelas diretoras Eloisa Hage, Denise Hasse, Hebe Vacari, Manaíra Minuzzi, Loriane Duque e Roseli Giachini. Marcaram presença os núcleos mato-grossenses de Sapezal, Sinop, Lucas Rio Verde, Tapurah, Campo Verde e Barra do Bugres. Bem como os núcleos dos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

Produtora rural em Cláudia-MT, Roseli Gianchini, que participou da organização lembrou da importância do bioma e da preocupação que o pecuarista da região tem com a preservação. “Nós conhecemos pessoas, produtores, colaboradores. Foi fundamental para nós conhecermos a realidade desse ecossistema e tudo que as pessoas que aqui vivem tem realizado para que ele tenha essa sustentabilidade. Mantendo equilíbrio com rentabilidade”, pontuou.

Representando o núcleo de São Paulo, Débora Simão não conhecia o Pantanal e destacou a conexão com pessoas proporcionada pelo tour. Ouvir e conhecer histórias de famílias pantaneiras foi o que mais chamou a atenção dela. “Pessoas que passaram gerações aqui e que hoje tem dificuldade em produzir, gerar renda da sua fazenda e desenvolver a pecuária. Aprender um pouco desse dia a dia, desses desafios, faz com que tenhamos um outro olhar para essa região e sabermos a importância de desenvolvermos soluções de políticas públicas para realidade local”, disse Débora.

Para Roberta Nicareta, do núcleo Agroligadas de Roraima, conhecer o Pantanal foi uma oportunidade única. Ela conta que o que mais marcou foi a preservação local aliada à produção. “Eu vejo que os pantaneiros precisam ser apoiados para continuarem esse trabalho e precisamos garantir assistências, políticas públicas efetivas e dar continuidade à pecuária, ao turismo rural que é tão bem feito e para que prosperem na região, mantendo esse equilíbrio que a gente pode conhecer”, enfatizou.

Quem também esteve na região pela primeira vez foi a produtora Gabriela Sagin, do núcleo de Tapurah. Apesar de morar em Mato Grosso, o evento proporcionou novos conhecimentos, especialmente a produção pecuária local. “Adorei, foi uma experiência nova, eu não conhecia o Pantanal. Gostei muito, principalmente dessa parte turística que é bastante famosa e a parte produtiva, que não é muito difundida pelo mundo, mas que tivemos a oportunidade de conhecer”.

Convidada pela diretoria, a produtora rural Sônia Bonato veio de Imaperi-GO para participar do Tour Pantanal Agroligadas. “Eu não conhecia e não tinha ideia de como era o Pantanal. Foi importante conhecer os desafios que eles têm para produzir aqui no pantanal e o quantos os pantaneiros trabalham em parceria com a natureza. Agradeço demais o convite para participar desse encontro que foi muito especial”, disse.

Além do conhecimento técnico, as mulheres aprenderam e vivenciaram também o turismo local com visitas em duas propriedades que fomentam o turismo rural, participaram de safári e outros passeios para observação de animais e pássaros locais.

A presidente do movimento Agroligadas, Geni Schenkel, fez uma avaliação geral do evento, agradeceu o grupo de trabalho que organizou toda programação, bem como a participação de todas as mulheres. “Foi mais um evento de excelência, como tudo que as Agroligadas fazem. Tenho certeza que todas nós estamos voltando abastecidas com muito conhecimento para continuar nosso propósito que é conectar o campo com a cidade, falando do Pantanal com muito mais propriedade. Agradeço imensamente as nossas diretoras que organizaram com tanto carinho, aos patrocinadores que acreditaram neste trabalho e a todas as mulheres que se fizeram presentes”, finalizou.

O Tour Pantanal contou com patrocínio da FMC Agrícola, John Deere – revendas Agrobaggio, Iguaçu Máquinas, Aster Máquinas e Primavera Máquinas. Também da Agro Amazônia, Sicredi, Valtra Brasil, Fendt, Sumitomo Chemical Brasil, CHDS do Brasil e Ouro Fino Agro.

Fotos: Thales Murilo

AGROLIGADAS

O movimento é formado por mulheres profissionais do agronegócio e têm como propósito conectar o campo e a cidade com verdade, ética, coragem, compromisso e amor, a partir de ações educativas e de comunicação. Mostra que o agro está em tudo, em todo lugar e no dia a dia de todos.

Fonte: AgroPlus

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Agronegócio

Estado deve ter recorde no agronegócio e VBP de R$ 119,4 bilhões em 2025

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O agronegócio de Goiás caminha para um ano histórico em 2025, com previsão de atingir um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) recorde de R$ 119,4 bilhões, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Esse crescimento reflete avanços significativos em produtividade, expansão de áreas cultivadas e adoção de novas tecnologias.

Dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um aumento de 14,2% na produção total de grãos na safra 2024/25, totalizando 34,5 milhões de toneladas. As culturas de soja, milho e feijão são os principais motores desse crescimento, consolidando Goiás como um dos líderes do setor agropecuário brasileiro.

A soja segue como carro-chefe da produção estadual, com projeção de 20,2 milhões de toneladas, um crescimento expressivo de 20,1% em relação à safra anterior. O milho também se destaca, com previsão de 10,6 milhões de toneladas, representando um aumento de 7,5% em relação ao ciclo passado. A produção de feijão deve chegar a 292,6 mil toneladas, um crescimento de 6,6%, impulsionado pelo clima favorável e melhores técnicas agrícolas.

O estado também reafirma sua liderança na produção de sorgo, com uma previsão de 1,3 milhão de toneladas, resultado do aumento de 2,1% na área plantada.

Segundo Pedro Leonardo Rezende, titular da Seapa, “os números confirmam a força do agronegócio goiano e nosso compromisso com a inovação e sustentabilidade. Cada safra reafirma o protagonismo do estado no setor, garantindo renda ao produtor e oferta segura ao consumidor”.

Culturas fora do segmento de grãos também têm perspectivas positivas. O tomate, por exemplo, segue como referência nacional, com previsão de 1,4 milhão de toneladas. A mandioca deve atingir 190 mil toneladas, com crescimento de 2,9% em relação ao levantamento de janeiro. A banana deve ultrapassar 167 mil toneladas, enquanto a batata-inglesa deve somar 267,4 mil toneladas, representando 6,2% da produção nacional.

Desde 2016, o VBP do estado cresceu 56%, saindo de R$ 76,5 bilhões para o patamar atual. Entre as cadeias produtivas, a soja lidera, com estimativa de R$ 36,1 bilhões, um salto de 61,3% em relação a 2016. A pecuária bovina também apresenta crescimento expressivo, alcançando R$ 21,7 bilhões, um aumento de 62,3%.

Outros setores também se destacam, com recordes projetados para a cana-de-açúcar (R$ 14,6 bilhões, alta de 6,8%), milho (R$ 16,3 bilhões, crescimento de 38,5%), tomate (R$ 7,5 bilhões, aumento de 11,5%) e frango (R$ 9,3 bilhões, avanço de 6,5%).

O VBP é um dos principais indicadores econômicos do agronegócio, refletindo a geração de riqueza do setor. Seu cálculo se baseia no faturamento bruto das produções agrícola e pecuária, considerando preços de mercado e volumes produzidos. Os resultados de 2025 confirmam a relevância de Goiás no agronegócio brasileiro e sua crescente participação na economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

14,25%: Fávaro propõe reformulação do seguro rural em meio aos impactos da alta da Selic

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O seguro rural voltou ao centro das discussões no setor agropecuário, durante audiência na Comissão de Agricultura do Senado, nesta terça-feira (19.03). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reconheceu que a atual política de seguro não acompanha o crescimento do setor e precisa ser reformulada. “O seguro rural ficou para trás. Precisamos encontrar uma saída para essa que é uma das maiores carências do arranjo produtivo brasileiro”, afirmou.

Uma das principais sugestões do ministro é tornar o seguro rural obrigatório para produtores que acessam o crédito agrícola. O modelo se inspira no sistema adotado nos Estados Unidos, onde não há crédito rural subsidiado como no Brasil, mas sim uma estrutura robusta de seguros que protege o produtor contra perdas. “Aqui, podemos manter o crédito, mas com a exigência do seguro, garantindo maior proteção ao produtor”, destacou Fávaro.

Além disso, a proposta prevê mudanças que tornariam o seguro mais acessível, reduzindo os custos das apólices. Estudos preliminares indicam que essa reformulação poderia levar a uma queda nos valores das apólices entre 0,9% e 1,3%, facilitando a adesão dos agricultores.

A reformulação do seguro rural está sendo debatida com seguradoras, resseguradoras, parlamentares e representantes do agronegócio. O objetivo é ampliar a cobertura e oferecer mais previsibilidade financeira aos produtores, especialmente diante dos desafios climáticos que impactam a produção agropecuária. Se a proposta for aprovada no Congresso, o novo modelo poderá trazer maior estabilidade ao setor, reduzindo impactos econômicos causados por perdas na produção e aumentando a competitividade do Brasil no mercado global.

Atualmente, o governo destina R$ 16,3 bilhões à subvenção do crédito rural, enquanto apenas R$ 1 bilhão é voltado ao seguro rural. A mudança na distribuição desses recursos poderia fortalecer a segurança financeira do setor, segundo o ministro.

SELIC – Além da questão do seguro rural, Fávaro abordou a suspensão temporária de novas contratações do Plano Safra 2024/2025, medida que só deve ser revertida após a aprovação do Orçamento da União para 2025. “Estamos sem orçamento aprovado e funcionando com 1/12 avos do orçamento de 2024. O Ministério da Fazenda está equacionando os recursos dentro desse limite”, explicou.

O Banco Central brasileiro decidiu nesta quarta-feira (19) aumentar a taxa básica de juros do país em 1 ponto percentual. A Selic foi a 14,25% ao ano implica em crédito mais caro e uma maior dificuldade para custeio, comercialização e investimentos na produção. “Esperávamos uma Selic abaixo de dois dígitos, mas com taxas entre 12,5% e 13,5%, precisamos de mais orçamento para viabilizar o Plano Safra”, disse o ministro.

A Secretaria do Tesouro Nacional determinou a suspensão de novos contratos de crédito rural com equalização de juros a partir desta sexta-feira (21), exceto para operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fávaro ressaltou que a falta de um orçamento aprovado no Congresso compromete as políticas de financiamento agrícola. “Nós não podemos ser irresponsáveis e continuar equalizando sem orçamento. O Congresso também precisa dar uma resposta rápida, pois sem essa votação, o Plano Safra fica comprometido”, alertou.

O ministro reforçou que espera a sensibilidade dos parlamentares para destravar a votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025 e garantir a continuidade do apoio ao setor agropecuário. “O agro precisa de previsibilidade, e isso depende de planejamento e responsabilidade fiscal”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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