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Política Nacional

MG: Zema e Kalil trocam ofensas e briga eleitoral envolve até futebol

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MG: Zema e Kalil trocam ofensas e briga eleitoral envolve até futebol
Reprodução: commons – 11/05/2022

MG: Zema e Kalil trocam ofensas e briga eleitoral envolve até futebol

Com a disputa pelo governo de Minas polarizada, os dois principais nomes que concorrerão ao Palácio Tiradentes Romeu Zema (Novo), atual ocupante do cargo, e Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte, aumentaram os ataques nas últimas semanas, dando um tom de como deve ser a campanha no estado. A troca de farpas incluiu xingamentos como “débil mental” e envolveu até o Atlético-MG, um dos times de futebol mais populares do estado.

A estratégia repete a receita da corrida presidencial, na qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) miram um ao outro, ignorando quem tenta furar a polarização para fazer frente aos dois. Na disputa mineira, no entanto há algumas peculiaridades. Enquanto Kalil atrelou sua imagem a Lula, Zema tenta se distanciar de Bolsonaro, de quem já foi próximo, e evita ataque incisivos ao petista. A busca pela neutralidade na corrida nacional se deve ao fato de o governador ter tanto eleitores lulistas quanto bolsonaristas no estado.

Ao atacar um ao outro, Zema e Kalil não abrem margem para que pré-candidatos que correm em suas raias ganhem espaços. Na esfera da direita, o senador Carlos Viana (PL-MG), que concorre como o candidato de Bolsonaro, mira suas críticas ao governador, alegando que ele “traiu o presidente”. Do outro lado, o PSB, aliado nacional de Lula, lançou o ex-ministro Saraiva Felipe após ficar de fora das negociações entre o PT e Kalil.

A estratégia também tem viés midiático: ao reagir toda vez que um alfineta o outro, os dois pré-candidatos fazem com que seu nome fique em voga. Eleitores de Zema compartilham a reação do ex-governador, o mesmo é feito pelos apoiadores de Kalil. À tática do ex-prefeito também se soma a ideia de se antagonizar com o gestor estadual afim de conquistar o voto de quem rejeita Zema, principalmente fora da capital, onde Kalil tem menos apelo.

Os ataques se intensificaram no início do mês e desencadearam em uma troca de ofensa entre os dois pré-candidatos que durou dias. Em entrevista ao podcast Flow, Kalil chamou o adversário de “débil mental” e criticou a conduta do governador durante a pandemia da Covid-19. O ex-prefeito afirmou que Zema não confrontou a postura negacionista de Bolsonaro, que minimizou os impactos causados pelo vírus.

“[Zema] entrou debaixo da mesa, não enfrentou [Bolsonaro]. A guerra tem que ser enfrentada”, disse na ocasião.

Como resposta, o governador pediu para que o ex-prefeito da capital mineira fizesse um teste de QI. Essa declaração foi dada durante o Congresso Mineiro de Municípios, evento em que os dois discursaram.

Kalil sempre foi conhecido pelo temperamento explosivo. Durante o tempo que esteve à frente da prefeitura de BH, chegou a ser alvo de pedidos de impeachment por ter impedido a entrada de vereadores na sede do Executivo municipal e por ter os chamado de “boçais”.

O ex-prefeito e ex-dirigente do Atlético Mineiro já vinha fazendo críticas a Zema. Em um dos primeiros vídeos da série “Fala, papai”, que publica nas redes no dia 15 de maio, por exemplo, Kalil chama de “sacanagem” a proposta do governador para aumentar o Piso Mineiro de Assistência Social. Ele alega ainda que o subsídio social no estado teria um valor pífio.

Até então, Zema vinha evitando responder, mas a estratégia mudou e agora passou reagir e atacar o pré-candidato do PSD. Em entrevista ao GLOBO, chamou Kalil de “um zero à esquerda que fala grosso e não resolve”. Disse ainda que o ex-prefeito precisou se promover através da empresa do pai, Elias Kalil, e do Atlético Mineiro.

“Meu adversário não tem luz própria. Ele precisou do pai dele para se promover e quebrou a empresa do pai. Depois, precisou do Atlético Mineiro. Ganhou um título, mas, depois que saiu, o time melhorou muito”, alfinetou o governador.

Após a publicação da entrevista, Kalil retrucou e disse que Zema “precisa lavar a boca para falar” do pai dele. Elias Kalil foi um dos dirigentes históricos do Atlético Mineiro e comandou o time entre 1980 e 1985.

Apesar de dizer que não acompanha futebol, aliados do governador afirmam que ele também torce para o Atlético-MG. Zema também é próximo do atual presidente do time, Sérgio Coelho, com quem Kalil também já teve atritos. O coordenador da campanha de Zema, o ex-secretário Mateus Simões, acredita que tom belicoso entre os dois candidatos não continuará ao longo da campanha. Ele, no entanto, pondera que todos têm “um limite”.

“Por perfil, o Governador tende a deixar as farpas sem resposta, mas acredito que todo mundo tem um limite. Não acho que isso será uma tônica na campanha, mas é inacreditável a desqualificação do discurso do Kalil, chamando as pessoas de idiota, débil mental”, diz Simões.

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Política Nacional

Câmara aprova Dia da Consciência Negra como feriado nacional

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A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (29) o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, feriado nacional. O texto já tinha sido aprovado pelo Senado e, agora, vai à sanção presidencial.

Foram 286 votos a favor, 121 contra e duas abstenções. Atualmente, a data é feriado em seis estados – Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo – e em mais de 1.000 cidades por meio de leis municipais e estaduais.

A data é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 1695, e símbolo de resistência contra a escravidão.

“Zumbi dos Palmares foi um homem que conseguiu manter a chama viva, ardente em nossos corações, nas nossas veias, nas nossas almas, que fez com que esse Brasil pudesse reconhecê-lo como herói da pátria brasileira. Não herói dos negros, é herói da pátria brasileira. Não é apenas um feriado qualquer, é uma história do Brasil”, disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que falou em nome da bancada governista.

A relatora Reginete Bispo (PT-RS) disse que a data servirá para aumentar os esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial. “Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o país considera mais relevante em sua história”, disse.

Para os deputados contrários, a declaração de feriado prejudica setores da economia e a data deve ser estipulada por assembleias estaduais e municipais, como é atualmente. “No mês de novembro já temos muitos feriados, isso teria de ser decisão das câmaras municipais”, argumentou o deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).

Desde 2003, as escolas passaram a ser obrigadas a incluir o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

* Com informações da Agência Câmara

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Incentivo para estudantes permanecerem no ensino médio é aprovado 

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Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (29), por unanimidade, o projeto de lei complementar que autoriza o uso de recursos do Fundo Social para custear a permanência de estudantes no ensino médio. Pela proposta, as despesas não serão consideradas no cálculo dos limites de gastos da União.  

Conforme o projeto, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) e relatoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o superávit financeiro do Fundo Social poderá ser usado, ainda este ano, para financiar esse programa de permanência, que terá de ser criado por legislação específica. O Fundo reúne recursos gerados pela exploração de petróleo no pré-sal.  

A aprovação do projeto ocorreu após acordo entre governo e oposição. Os senadores chegaram a um acordo para definir um limite de R$ 6 bilhões do Fundo para o programa. 

Poupança 

O governo federal criou nesta semana um programa de bolsa permanência e de poupança para estudantes de baixa renda que estão no ensino médio, para incentivar a permanência e conclusão dos estudos. Para isso, será criado um fundo especial em que a União deve aportar até R$ 20 bilhões. 

A Medida Provisória (MP) nº 1.198, de 27 de novembro de 2023, foi publicada na terça-feira (28) em edição extra do Diário Oficial da União. Por ter força de lei, a MP já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 120 dias para não perder a validade. 

Um ato conjunto dos ministérios da Educação e da Fazenda vai definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os valores serão depositados em conta a ser aberta em nome do estudante, que poderá ser a poupança social digital da Caixa Econômica Federal. 

*Com informações da Agência Senado

Fonte: EBC Política Nacional

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