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Merkel classifica invasão de Putin à Ucrânia como um ‘grande erro’

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 Ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel
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Ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel

A ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel rompeu publicamente o silêncio nesta terça-feira (7), em um teatro em Berlim, e classificou a invasão da Rússia à Ucrânia como um “grande erro”.

Em sua primeira aparição pública desde que deixou o cargo, há seis meses, a política de 67 anos ressaltou que “não há desculpa para essa agressão brutal”.

Merkel quebrou o silêncio sobre a guerra na Ucrânia na semana passada, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o ataque há três meses. Em um evento a portas fechadas organizado por um grupo sindical, ela condenou, pela primeira vez, a “guerra bárbara” da Rússia e falou sobre uma “ruptura profunda” na história do pós-guerra da Europa.

Hoje, a ex-chanceler explicou que não se censura, embora muitas vezes se pergunte se “ela poderia ter evitado a tragédia”. Além disso, disse que, no verão de 2021, ela não conseguiu realizar uma iniciativa europeia para levar Putin de volta à mesa de diálogo.

No entanto, olhando para trás, Merkel tem uma certa “tranquilidade” por saber que fez o possível para evitar a situação atual e que tem total confiança na gestão de seu sucessor, Olaf Scholz.

“É uma grande tristeza que ele não tenha conseguido, mas não me culpo por ter tentado”, lamentou ela sobre as tentativas de negociação com Putin, realizadas em conjunto com o presidente francês, Emmanuel Macron, para chegar aos acordos de Minsk sobre a Ucrânia.

Merkel contou que seu “coração sempre bateu pela Ucrânia”. “Eu não era metade pela Rússia e metade pela Ucrânia. Meu coração sempre bateu pela Ucrânia”, disse, explicando que sempre tentou “encontrar um modus vivendi com a Rússia que não levasse à guerra. Uma forma de coexistência”.

A ex-chanceler destacou ainda que já sabia que o líder russo “queria destruir a Europa”, mas que antes de entrar em um conflito aberto era preciso “tentar tudo diplomaticamente”.

Para Merkel, o Kremlin cometeu um “erro catastrófico” com a invasão da Ucrânia, “um ataque brutal, que desrespeita o direito internacional”.

A alemã enfatizou que a “Ucrânia não pode ficar sozinha” e falou sobre seus encontros pessoais com Putin, lembrando como, em seu encontro de 2007 em Sochi, o presidente russo lhe disse que para ele a queda da União Soviética foi a pior catástrofe do século 21, ao qual para ela, nascida na Alemanha Oriental, foi uma “sorte” que lhe deu “liberdade”.

“Respondi que para mim tinha sido um dos acontecimentos mais bonitos da minha vida”, acrescentou Merkel, que considera que o “dia 24 de fevereiro representou uma pausa”.

Durante a entrevista, Merkel explicou também que se perguntou se era apropriado partir para a Itália após a eclosão da guerra. “E eu disse a mim mesma: você faz isso!”, disse ela. “Eu sabia que também haveria discussão e talvez raiva. Mas isso serve para esclarecer que não sou mais chanceler e não estou mais vinculada às obrigações de um mandato”.

A política ressaltou que não consegue parar de viajar pelo resto da sua vida, “aconteça o que acontecer no mundo”, e lembrou que sempre quis se aprofundar no Renascimento e ter visto o David de Michelangelo na Toscana.

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Fonte: IG Mundo

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Milei escolhe juiz que fez parte de grupo nazista para ser procurador

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Javier Milei
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Javier Milei


Nesta sexta-feira (1º), o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou a nomeação do jurista Rodolfo Barra, de 75 anos, como procurador, decisão que já está gerando controvérsias devido ao histórico polêmico do escolhido, como a integração dele com um grupo neonazista.

A partir de 10 de dezembro, Barra assumirá a posição de Procurador-Geral da Fazenda Nacional, onde se espera que ele forneça assessoria jurídica ao Estado e defenda legalmente as reformas econômicas planejadas por Milei. No entanto, a escolha vem acompanhada de controvérsias relacionadas ao seu passado.

Rodolfo Barra, que já foi juiz do Supremo Tribunal e Ministro da Justiça durante a presidência de Carlos Menem, possui um histórico que inclui sua participação em um grupo neonazista na juventude e seu envolvimento em um ataque a uma sinagoga.

Suas ações nesse contexto foram reveladas pela imprensa, que divulgou fotos dele fazendo a saudação nazista.

Apesar de seu histórico controverso, Barra declarou arrependimento quando suas ações do passado vieram à tona, afirmando: “Se fui nazista, me arrependo.”

A nomeação de Barra foi rejeitada por organizações como o Fórum Argentino Contra o Antissemitismo e por ativistas políticos de esquerda, que a consideraram uma afronta ao espírito democrático e plural da Argentina.

“Um novo governo não pode iniciar a sua administração acolhendo em suas cadeiras indivíduos que professem antissemitismo ou qualquer forma de expressão de ódio”, declarou o órgão, pedindo que a Justiça não permita que Barra tome posse do cargo.


Após se aposentar do cenário político, Barra dirigiu a Auditoria Geral da Nação durante a presidência de Fernando de la Rúa e concentrou suas atividades no setor privado e acadêmico.

Fonte: Internacional

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Corte internacional proíbe Venezuela de anexar região da Guiana

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
Reprodução/Twitter/NicolasMaduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

A Corte Internacional de Justiça, órgão judiciário da ONU, decidiu hoje (1), por meio de uma liminar, que a Venezuela não pode anexar ao país o território de Essequibo ou Guiana Essequiba, uma região rica em minérios da Guiana, país vizinho.

A medida barra o referendo agendado para o dia 3 de dezembro na Venezuela, onde o governo de Nicolás Maduro tenta consultar a população venezuelana sobre a anexação do território da Guiana.

As determinações de Haia são resultados de um requerimento da Guiana, apresentado em 30 de outubro, no órgão da ONU responsável por resolver disputas entre países. O governo venezuelano não reconhece a jurisdição da Corte. Dessa forma, a decisão desta sexta-feira tem valor simbólico para a Venezuela.


Entenda a disputa

A disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo se prolonga há mais de 100 anos. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e representa 74% do território do país vizinho à Venezuela. Ele rica em petróleo, minerais e tem saída para o Oceano Atlântico.

O governo da Guiana classificou a medida como provocativa, ilegal, nula e sem efeito jurídico internacional. Também acusou o líder venezuelano de crime internacional ao tentar enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana.

O país defende o Tratado de Washington de 1897 e o Laudo de Paris de 1899, que determinaram a área como pertencente à Guiana, que era uma colônia britânica na época, e delimitou a linha fronteiriça do território.

Fonte: Internacional

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