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Itamaraty: relações com os EUA são otimistas após encontro de líderes

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O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro Carlos França, reuniu-se hoje com o presidente dos EUA, Joe Biden, à margem da IX Cúpula das Américas, em Los Angeles.
Reprodução/Itamaraty Brasil – 10.06.2022

O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro Carlos França, reuniu-se hoje com o presidente dos EUA, Joe Biden, à margem da IX Cúpula das Américas, em Los Angeles.

Após meses de afastamento “por questões ideológicas”, as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos atravessam um “estágio positivo”, afirmou o Itamaraty nesta sexta-feira. De acordo com a diplomacia brasileira, o saldo da primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com seu par americano, Joe Biden, foi bom e abre caminho para maiores colaborações futuras.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores afirmou que Bolsonaro “agradeceu o convite” para a Cúpula das Américas, em Los Angeles, e para o encontro a portas fechadas— que ocorreu porque “a agenda foi acertada” anteriormente, conforme declarou o presidente brasileiro. A reunião, disse o ministério, permitiu “ampla troca de opiniões sobre temas da agenda bilateral, regional e internacional”.

“Brasil e Estados Unidos mantêm quase dois séculos de relações diplomáticas, relacionamento baseado em princípios e valores compartilhados, como a democracia, o estado de Direito, a liberdade econômica e os direitos humanos”, diz o comunicado.

A relação entre os líderes era fria desde antes da posse do democrata, em 20 de janeiro de 2021, após o presidente brasileiro declarar apoio à reeleição de Donald Trump. Até o ínicio desta semana, Bolsonaro mencionava suspeitas de fraude nunca comprovadas na eleição americana de 2020, ponto-chave da a retórica falsa de que a eleição foi roubada.

O próprio Bolsonaro reconheceu na quinta que o afastamento ocorreu por “questões ideológicas”, mas boa recepção americana, sem saias justas, parece ter mudado a atmosfera. Segundo informações apuradas pelo GLOBO, fontes do governo brasileiro asseguraram que nas conversas bilaterais não houve cobranças sobre democracia, meio ambiente, ataques ao Supremo Tribunal Federal ou eleições.

As relações bilaterais, disse o Itamaraty nesta sexta, “passam por estágio positivo, havendo amplas possibilidades de aprofundar a cooperação em temas como energia, defesa, espaço, ciência e tecnologia e comércio e investimentos”. Haverá ênfase, continuou a diplomacia brasileira, numa maior integração de cadeias de suprimentos em setores chaves para as duas economias.

A viagem de Bolsonaro a Los Angeles aconteceu após Biden enviar a Brasília um representante para convencer o presidente brasileiro a participar, evitando assim que o encontro de presidentes fosse um total fracasso para a Casa Branca. A ausência do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, em particular, foi um golpe duro para o governo americano.

López Obrador disse que só iria se os EUA convidassem todos os países latino-americanos, mas Washington deu o braço a torcer e deixou de fora Cuba, Nicarágua e Venezuela, três regimes que não considera democráticos. Também se ausentaram os chefes de Estado de Honduras, El Salvador, Uruguai, Guatemala e Bolívia, entre outros.

Segundo o Itamaraty, o presidente brasileiro expressou também desejo de “seguir trabalhando com os Estados Unidos em prol dos valores democráticos no hemisfério”. Apesar de dar declarações domésticas pondo em xeque, sem qualquer evidência, a lisura do sistema eleitoral brasileiro e indicando que pode questionar uma possível derrota, Bolsonaro disse pessoalmente a Biden que quando deixar o governo, “também será de forma democrática”.

Contar com a participação do Brasil era fundamental para derrubar a narrativa de que os EUA não conseguiram trazer países de peso até Los Angeles. A reunião bilateral, ofertada na tentativa de convencer Bolsonaro a viajar, tratou ainda da importância da cooperação bilateral em assuntos como o combate à pandemia, segurança alimentar e questões relacionadas à transição energética e ao desenvolvimento sustentável.

A nota do Itamaraty disse que os presidentes trataram da “importância de manter diálogo reforçado entre os dois países em foros internacionais”, apesar das críticas ferrenhas da política externa de Bolsonaro ao multilateralismo, em particular durante o período do ex-ministro Ernesto Araújo no Itamaraty. Entre as organizações citadas nominalmente estão a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a qual o Brasil deseja aderir, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas, cuja presidência caberá à delegação brasileira a partir de julho.

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Fonte: IG Mundo

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Presidente da COP28 nega suposta negociação petrolífera dos EAU

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A COP28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Reprodução/ENGIE – 09.06.2023

A COP28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) , que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), negou as acusações de estar buscando acordos petrolíferos durante o encontro desta quinta-feira (30).

Nesta semana, uma investigação conjunta entre a Center for Climate Reporting ( CCR) e a BBC veiculou supostos e-mails do Sultão al-Jaber , que é o presidente-executivo da empresa petrolífera nacional Adnoc e o enviado climático dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o presidente, “essas alegações são falsas, não são verdadeiras, são incorretas e não são precisas”. A fala foi dada em uma coletiva com repórteres, nesta quarta-feira (29), um dia antes dos encontros que ocorrerão devido a COP28 nas próximas duas semanas.

“É uma tentativa de minar o trabalho da presidência da COP28 . Deixe-me fazer uma pergunta: você acha que os Emirados Árabes Unidos ou eu precisaremos da COP ou da presidência da COP para estabelecer acordos comerciais ou relações comerciais?”, continua.

As informações vazadas mostram documentos informativos preparados pela equipe que coordena a COP28 antes das reuniões bilaterais com 27 líderes mundias. Esses preparativos são feitos como parte do processo diplomático com os governantes. Entretanto, no briefing, além dos assuntos relacionados às negociações climáticas, a equipe acrescentou nos “pontos de discussão” e “perguntas” sobre a Adnoc e a Masdar — empresa de energia sustentável, também presidida por Al Jaber.

A BBC informou que o briefing inclui nos pontos de discussão 15 países que a Adnoc pretende trabalhar na extração de petróleo e gás. Alguns exemplos são a China, Moçambique, Canadá e Austrália, dizendo que a empresa está “disposta a avaliar conjuntamente as oportunidades internacionais de GNL [gás natural liquefeito]”. Outro exemplo é a Colômbia, onde a Adnoc diz “estar pronta” para ajudar no desenvolvimento das reservas de petróleo e gás.

Na coletiva, al-Jaber pediu: “Por favor, pela primeira vez, respeite quem somos, respeite o que alcançamos ao longo dos anos e respeite o facto de termos sido claros, abertos, limpos, honestos e transparentes sobre como queremos conduzir este processo COP”.

Fonte: Internacional

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Hamas afirma que bombardeio de Israel matou bebê e familiares reféns

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Segundo o Hamas, o bebê de 10 meses, o seu irmão e sua mãe foram mortos no bombardeio feito pelas Forças de Israel
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Segundo o Hamas, o bebê de 10 meses, o seu irmão e sua mãe foram mortos no bombardeio feito pelas Forças de Israel

As Forças de Defesa de Israel (FDI) se pronunciaram após a alegação feita pelo grupo extremista Hamas nesta quarta-feira (29), dizendo estar investigando se a afirmação é verdadeira. Segundo o grupo armado, um bombardeio realizado por Israel acarretou na morte do refém mais jovem israelense, Kfir Bibas, de 10 meses. Além do bebê, o seu irmão de quatro anos, Ariel, e sua mãe, Shiri, também teriam morrido durante o ataque.

A alegação feito pelo Hamas, entretanto, não possui quaisquer provas. No comunicado emitido pela FDI diz que estão “avaliando a precisão das informações”.

A FDI ainda informou que conversou com a família das supostas vítimas, e que estão com eles “neste momento difícil”.

Segundo o comunicado da FDI, “o Hamas é totalmente responsável pela segurança de todos os reféns na Faixa de Gaza. O Hamas deve ser responsabilizado. As ações do Hamas continuam a colocar em perigo os reféns , que incluem nove crianças. O Hamas deve libertar imediatamente os reféns”.

Ao Canal 12 de Israel, o primo de Shiri, Jimmy Miller, cedeu uma entrevista dizendo que a FDI informou a família sobre a alegação do Hamas. “O Hamas os sequestrou vivos, o Hamas é o responsável pela saúde deles e o Hamas precisa devolvê-los vivos”, disse o familiar.

“Não nos importamos se eles os transferiram para outra pessoa ou para outra entidade, eles são [exclusivamente] responsáveis ​​por trazê-los de volta para nós vivos e bem”, continua Miller.

A família de Shiri confirmou que receberam “soube das últimas reivindicações do Hamas”, e que elas foram veiculadas em um comunicado do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos.

“Estamos aguardando que a informação seja confirmada e, esperançosamente, refutada pelas autoridades militares. Agradecemos ao povo de Israel pelo seu caloroso apoio, mas solicitamos gentilmente privacidade durante este momento difícil”, afirmaram.

Shiri e os dois filhos estavam desaparecidos. Entretanto, no início da semana, o porta-voz principal das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, havia afirmado que acreditava que eles não estavam com o Hamas.

Há quase uma semana, não há novos bombardeios em Gaza por conta do acordo de cessar-fogo, que começou a valer na última sexta-feira (24).

Após a alegação do Hamas, acredita-se que Shiri, o marido Yarden e os dois filhos foram sequestrados no kibutz Nir Oz, no dia 7 de outubro. Na ocasião, o Hamas assassinou cerca de um quarto dos moradores da comunidade, disparando contra as casa das pessoas.

Fonte: Internacional

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