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Política Nacional

Indicado por Damares quer encerrar investigações de mortes na Ditadura

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Ditadura Militar
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O presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinícius Pereira de Carvalho, pretende encerrar os trabalhos iniciados em 1995, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, para reconhecer a responsabilidade do Estado brasileiro no desaparecimento de pessoas durante a Ditadura Militar. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal “Estado de S. Paulo”.

Ao GLOBO, Carvalho confirmou que a aprovação de um relatório final com o objetivo de pôr fim aos trabalhos estará na pauta da próxima reunião da Comissão, realizada no dia 28. Ele cita o Artigo 3º da Lei nº 9.140/95 e diz que a procura de corpos deve se limitar às pessoas cujas famílias requisitem isto por via jurídica.

“Essa possibilidade (de fim do trabalho da Comissão) estará, sim, em pauta na própria reunião. Para isto ocorrer, é necessário que a maioria simples dos conselheiros seja favorável. É o cumprimento simples do que está na lei”, afirmou.

Quando questionado sobre a necessidade de continuidade das apurações sobre as circunstâncias e localização das ossadas dos mortos, Carvalho não respondeu. Em relação ao cumprimento das metas estipuladas em um relatório produzido em 2019 pela então presidente da Comissão, a procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga, também silenciou.

Carvalho foi nomeado presidente da Comissão pela então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), em 2019. Na ocasião, quando questionado sobre o porquê das mudanças, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a nomeação foi feita por se tratar de um governo “de direita”. “O motivo é que mudou o presidente, que agora é Jair Bolsonaro, de direita, ponto final”, disse na ocasião.

Em 2004, ainda deputado federal, Bolsonaro protestou contra a procura dos restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia em frente a um cartaz que trazia um cachorro mordendo um osso, com os dizeres “quem procura osso é cachorro”. Em várias oportunidades, o atual presidente também definiu como “heróis”, militares denunciados por tortura, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Os trabalhos da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos ajudaram a esclarecer crimes e mortes da ditadura, como o desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva. Em 2019, a Comissão entregou o atestado de óbito do estudante Fernando Santa Cruz, militante da Ação Popular ao seu filho, o então presidente da OAB e hoje pré-candidato ao governo do Rio, Felipe Santa Cruz. A entrega provocou a demissão da sua antecessora e a nomeação de Marco Vinícius Pereira de Carvalho.

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Política Nacional

Câmara aprova Dia da Consciência Negra como feriado nacional

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A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (29) o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, feriado nacional. O texto já tinha sido aprovado pelo Senado e, agora, vai à sanção presidencial.

Foram 286 votos a favor, 121 contra e duas abstenções. Atualmente, a data é feriado em seis estados – Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo – e em mais de 1.000 cidades por meio de leis municipais e estaduais.

A data é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 1695, e símbolo de resistência contra a escravidão.

“Zumbi dos Palmares foi um homem que conseguiu manter a chama viva, ardente em nossos corações, nas nossas veias, nas nossas almas, que fez com que esse Brasil pudesse reconhecê-lo como herói da pátria brasileira. Não herói dos negros, é herói da pátria brasileira. Não é apenas um feriado qualquer, é uma história do Brasil”, disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que falou em nome da bancada governista.

A relatora Reginete Bispo (PT-RS) disse que a data servirá para aumentar os esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial. “Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o país considera mais relevante em sua história”, disse.

Para os deputados contrários, a declaração de feriado prejudica setores da economia e a data deve ser estipulada por assembleias estaduais e municipais, como é atualmente. “No mês de novembro já temos muitos feriados, isso teria de ser decisão das câmaras municipais”, argumentou o deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).

Desde 2003, as escolas passaram a ser obrigadas a incluir o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

* Com informações da Agência Câmara

Fonte: EBC Política Nacional

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Incentivo para estudantes permanecerem no ensino médio é aprovado 

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Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (29), por unanimidade, o projeto de lei complementar que autoriza o uso de recursos do Fundo Social para custear a permanência de estudantes no ensino médio. Pela proposta, as despesas não serão consideradas no cálculo dos limites de gastos da União.  

Conforme o projeto, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) e relatoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o superávit financeiro do Fundo Social poderá ser usado, ainda este ano, para financiar esse programa de permanência, que terá de ser criado por legislação específica. O Fundo reúne recursos gerados pela exploração de petróleo no pré-sal.  

A aprovação do projeto ocorreu após acordo entre governo e oposição. Os senadores chegaram a um acordo para definir um limite de R$ 6 bilhões do Fundo para o programa. 

Poupança 

O governo federal criou nesta semana um programa de bolsa permanência e de poupança para estudantes de baixa renda que estão no ensino médio, para incentivar a permanência e conclusão dos estudos. Para isso, será criado um fundo especial em que a União deve aportar até R$ 20 bilhões. 

A Medida Provisória (MP) nº 1.198, de 27 de novembro de 2023, foi publicada na terça-feira (28) em edição extra do Diário Oficial da União. Por ter força de lei, a MP já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 120 dias para não perder a validade. 

Um ato conjunto dos ministérios da Educação e da Fazenda vai definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os valores serão depositados em conta a ser aberta em nome do estudante, que poderá ser a poupança social digital da Caixa Econômica Federal. 

*Com informações da Agência Senado

Fonte: EBC Política Nacional

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