Sonhar, profetizar e realizar… As três palavras que conduzem os passos de Felipe Melo na carreira e na vida foram abraçadas pela torcida tricolor. Aos 40 anos de idade e com uma carreira vitoriosa, o defensor se apega ao lema para colocar mais um troféu em sua vasta coleção. Neste sábado (04/11), na partida contra o Boca Juniors, o Fluminense busca seu primeiro título de Conmebol Libertadores. Os caminhos até a glória eterna Felipe conhece bem. E agora espera percorrê-lo com o clube do coração de sua família.
“De fato eu sou um sonhador desde criança e aprendi ao longo da minha vida, pelos meus pais e pelos meus avós, principalmente meu avô, que era pastor e tricolor doente, que além de sonhar temos que profetizar. Falar as palavras, falar os sonhos em voz alta, mentalizar que é possível, mesmo que distante, e realizar, que é o que a gente pode fazer para tornar isso real. Eu já carrego isso para a minha vida há bons anos, mais de uma década, e tem dado certo. Muitos sonhos sendo realizados, alguns nem tanto, mas com certeza sonhar, profetizar e realizar tem feito diferença na minha vida, graças a Deus”, disse o camisa 30 em entrevista à FluTV.
Felipe Melo chegou ao Fluminense no início do ano passado. Desde então, contribuiu dentro e fora de campo para fortalecer a equipe e implementar uma mentalidade ainda mais vencedora ao elenco. Seus esforços, guiados por seu mantra particular, extrapolou os muros do CT Carlos Castilho e chegou à torcida, que abraçou o “sonhar, profetizar e realizar”.
“Ver a torcida adotando é muito bom porque, eu, Felipe, entendo que sonhar já é um ato de fé. Às vezes, você está em casa e se pega sonhando ‘Nossa, imagina se acontecesse isso’ e isso já é um ato de fé. O primeiro passo que se dá para a conquista é o sonho, é o objetivo, o foco. A torcida do Fluminense entendeu e isso é muito bacana. Tenho fé em Jesus que as coisas vão dar certo. Quando cheguei aqui, neste mesmo auditório, eu disse ‘Eu vim para o Fluminense para ter grandes conquistas, para ajudar a conquistar grandes coisas’, então eu sonho com isso. Tudo começa ali, quando a gente começa a sonhar, profetizar e, de fato, o Fluminense é um clube que todos os dias realiza e realiza ao máximo, para que a gente possa alcançar esse sonho”, disse o jogador, que, com tantas tatuagens, ainda não eternizou na pele a frase:
“Não tenho essas três palavras (sonhar, profetizar e realizar) tatuadas na pele, mas estão tatuadas no meu coração que é o mais importante. O ideal é ganhar esse título histórico, o maior título da carreira de muitos aqui. Alguns títulos podem parecer maiores para algumas pessoas, como uma seleção ou uma Champions, mas ganhar uma Libertadores pela primeira vez, em um clube tão grandioso como o Fluminense, com certeza vai se equiparar a qualquer outra conquista à nível mundial. Vamos marcar o nosso nome, para toda a eternidade, em um clube tão amado e gigantesco como o Fluminense”.
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Conquista mais especial da carreira Não posso dizer que esse título seria tão especial apenas por essa ligação com meus pais e meus avós, porque também é por mim, pela minha esposa, meus filhos, e também pelos meus pais que são tricolores. Eu sempre pedi a Deus, em todas as competições que jogo, que possamos sempre alcançar o objetivo que é ser campeão, não importa se é Copa do Mundo, Champions ou Florida Cup, Taça Guanabara, todos são importantes. Sem dúvidas, (se vier) será mais especial, falo isso sem pestanejar. O clube vem perseguindo essa conquista há tantos e tantos anos, a gente termina com algumas brincadeiras que vem se arrastando e que um clube da grandeza do Fluminense não merece. O torcedor do Fluminense merece essa alegria, merece carregar essa estrela no peito e dizer ‘Sou campeão da América’. Vamos fazer de tudo para dar essa alegria para o torcedor e para nós, porque essa alegria não é só do torcedor, é de todos nós, todos que fazem o Fluminense gigante, desde o porteiro até o presidente, todos merecem essa conquista
Família Fluminense Especialmente com o Diniz, ninguém trabalha mais que o Fluminense. É pelo trabalho que estamos obtendo essas vitórias. Mas o que mais faz com que o Fluminense esteja hoje brigando por uma conquista inédita é o ambiente do clube, sem dúvida. O grupo do Fluminense é um grupo que se ama, se o German fizer seis gols em um jogo, ninguém vai ficar com ciúmes porque a torcida está gritando o nome dele. Está todo mundo contente que o Germán está contente, Se o Lelê entrar e fizer dois gols, vai todo mundo ficar feliz por ele, se o Felipe Melo for campeão e levantar a taça junto com o Nino, que são os capitães da equipe, ninguém vai ficar triste, pelo contrário, todos ficarão felizes e vão todos trabalhar para que isso aconteça de fato. O grupo do Fluminense se tornou uma família. Todos falavam disso e hoje estou podendo usufruir da família Fluminense e confesso que eu merecia isso. Tantos anos de futebol profissional, jogando nas principais equipes, hoje com 40 anos pude encontrar um grupo como esse, que sem dúvidas é o melhor com que já trabalhei. Não que não tenha outros bons grupos, mas nada como esse.
Felipe Melo brincalhão Hoje, infelizmente, vivemos em uma sociedade onde existe o preconceito. As pessoas olham para a cara de alguém e já pensam ‘Esse eu não gosto’, fazendo um pré-julgamento das pessoas antes de realmente conhecer. Todos nós somos assim, já aconteceu comigo de chegar em algum clube e pensar ‘Nossa esse cara é f*, vai dar ruim’ e acabar se tornando um grande amigo, mas é um pré-julgamento que a gente faz. Sou um cara alegre, super contente, mas dentro de campo eu tenho que me transformar, é a minha força, meu trabalho. Temos que entender que no trabalho não tem brincadeira, futebol é um trabalho. A gente ama o futebol, a gente ama o que a gente faz, mas é meu trabalho, é de onde tiro meu sustento, as pessoas têm que entender que não tem que ficar de risadinha no futebol, foi através da minha seriedade e meu profissionalismo que eu conquistei tudo que conquistei, e agora posso conquistar esse título inédito para o clube.
Fernando Diniz Já tinha tido contato com o Diniz como treinador ainda quando estava no Palmeiras e ele foi visitar o CT, pude conversar com ele. Nos encontramos de novo quando ele estava no São Paulo e pudemos conversar mais vezes. Tive o Diniz como companheiro quando ele ainda jogava, tive a oportunidade de jogar junto com ele e ele é um cara fantástico, sensacional. Ele procura mais do que tudo saber qual é o problema do atleta como ser humano, além do profissional, qual pode ser a raiz do problema, e isso tem feito toda a diferença. É um cara que cobra muito, mas sabe cobrar. É o mesmo cara que vai estar cobrando e, se tiver que fazer um carinho, vai fazer também, essa mescla de um treinador que sabe o que faz dentro de campo, no sentido tático e técnico, mas também sabe tratar os atletas, sabe entender o ser humano. O Dinis é um cara nota 10.
Expectativa para a final Prefiro guardar para mim a maneira que eu imagino o jogo, mas aqui no Fluminense estamos vivendo uma situação que já vivi em outros clubes, vai enfrentar uma equipe que já venceu essa competição muitas vezes, que tem uma camisa mega pesada, grandes jogadores, que estão acostumados nessa competição. Nós sabemos da dificuldade que é, e aqui procuramos entender que não tem essa que o Boca não ganhou nenhum jogo, só empatou, o Boca ganhou, não tem essa. O Boca tem seus pontos fortes, marcou muito bem, soube eliminar as equipes adversárias, então temos que entender que o Boca tem suas qualidades e nós temos que jogar com as nossas. Temos que entender as armas que temos para lutar nesse jogo. Estamos treinando muito e a gente sabe que vai ser difícil, mas com muita humildade e muito trabalho, podemos sonhar. Fizemos por merecer para estar nessa final, o Fluminense demonstrou, ao longo deste campeonato, várias forças, a força do grupo, força tática, técnica, então sabemos que vai ser difícil e do potencial do Boca Juniors, mas a gente confia no nosso trabalho, com muita fé e esperança em Deus, que ele possa nos ajudar, porque vai ser uma guerra e esperamos poder vencer.
Maracanã O Maracanã é a nossa casa, por mais que no sábado esteja dividido, é a nossa casa. É o lugar que jogamos semanalmente, mas também o lugar que tivemos uma grande decepção anos atrás. Agora temos a oportunidade de fazer com que aqueles torcedores que viveram aquele momento possam sair do Maracanã alegres, felizes, abraçados uns aos outros e dizendo que o Fluminense é o campeão da América. A nossa casa tem sido um ponto forte para nossa competição em questão de números, quando jogamos com a nossa torcida ao lado ela tem sido um combustível. Então temos que trazer à memória aquilo que nos fortalece, e em um momento como esse mentalizar é a chave, se mentalizar de fato sendo campeão, levantando a taça. Ser no Maracanã, o cenário perfeito para tudo, diante da nossa torcida, dos nossos filhos, familiares e amigos. Tem tudo para ser uma tarde histórica e nós vamos dar tudo dentro de campo para que a gente possa consumar esse título para nós.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama encerrou sua temporada de 2024 com uma vitória por 2 a 1 sobre o Cuiabá, na Arena Pantanal. O destaque da partida foi Vegetti, que marcou os dois gols do Gigante da Colina, consolidando sua importância para a equipe ao longo do ano.
O Vasco, que chegou a sonhar com uma vaga na Copa Libertadores, garantiu sua participação na Copa Sul-Americana após um ano marcado por altos e baixos, incluindo uma campanha até as semifinais da Copa do Brasil. Com a vitória, o time carioca terminou o campeonato na décima posição, somando 50 pontos.
O jogo começou com o Cuiabá pressionando e quase abrindo o placar aos quatro minutos, quando Max acertou a trave e, no rebote, Derik também carimbou o poste. Aos 11 minutos, Denílson teve uma boa chance, mas o goleiro Léo Jardim fez uma defesa crucial. O Vasco respondeu de forma eficaz aos 16 minutos, quando Coutinho fez uma inversão para Puma Rodríguez, que encontrou Vegetti na área para abrir o placar.
O Cuiabá não se entregou e conseguiu o empate aos 32 minutos. Derik Lacerda, após receber de Denílson, chutou e, no rebote de Léo Jardim, marcou o gol. Inicialmente, o lance foi anulado por impedimento, mas o VAR confirmou a legalidade do gol.
Antes do intervalo, o Vasco retomou a liderança no placar aos 42 minutos, com Vegetti novamente balançando as redes após receber passe de Mateus Carvalho. Com isso, o time carioca foi para o intervalo em vantagem.
No segundo tempo, o técnico Felipe fez alterações estratégicas, colocando Victor Luís e Maxime Dominguez em campo. Apesar das mudanças, o Vasco manteve o controle do jogo. Aos 28 minutos, Paulinho chegou a ampliar o placar, mas o gol foi anulado por impedimento de Victor Luís.
Nos minutos finais, o Vasco quase marcou o terceiro gol, mas Mateus salvou a tentativa. Com a vitória, o Gigante da Colina encerra o ano com a moral elevada e já começa a planejar 2025, que inclui a busca por um novo técnico e a definição da venda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF).
Por outro lado, o Cuiabá se despede da Série A na lanterna, com apenas 30 pontos, e enfrentará o desafio de se reestruturar para buscar o retorno à elite do futebol brasileiro. A derrota marca o fim de uma temporada difícil para a equipe mato-grossense, que agora precisa se reorganizar para o próximo ano.
Local: Arena Pantanal, Cuiabá (MT) Data: 08/12/2024 Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Thaillan Azevedo Gomes (AP) Assistentes: Alex Ang Ribeiro (Fifa-SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) Cartão amarelo: Maxime Dominguez (Vasco) GOLS: Derik Lacerda, aos 32′ do 1ºT (Cuiabá) ,Vegetti, aos 16′ do 1ºT e aos 42′ do 1ºT (Vasco)
CUIABÁ: Mateus Pasinato; Railan (Matheus Alexandre), Bruno Alves, Gabriel e Juan Tavares; Lucas Mineiro, Denílson (Eliel) e Max (Kauan Cristtyan); Clayson (David), Jadson e Derik Lacerda. Técnico: Bernardo Franco.
VASCO: Léo Jardim; Puma Rodríguez, João Victor, Léo e Leandrinho (Victor Luís); Mateus Carvalho, Hugo Moura (Maxime Dominguez), Jair (Sforza) e Philippe Coutinho (Paulinho); Alex Teixeira (Payet) e Vegetti. Técnico: Felipe.
O Botafogo celebrou um feito histórico neste domingo ao conquistar o título do Campeonato Brasileiro, encerrando um jejum de 29 anos. A equipe comandada por Artur Jorge venceu o São Paulo por 2 a 1 no estádio Nilton Santos, na última rodada da competição. Os gols do Glorioso foram marcados por Savarino e Gregore, enquanto William Gomes descontou para o Tricolor.
O São Paulo, já sem objetivos no campeonato, entrou em campo com uma equipe mista, preservando suas principais estrelas. Apenas Igor Vinícius e Alan Franco, titulares habituais, foram escalados. O Botafogo, por sua vez, aproveitou a oportunidade para garantir o título tão aguardado, já que o Palmeiras ainda tinha chances matemáticas de ser campeão, dependendo de uma combinação de resultados que não se concretizou.
Este é o terceiro título brasileiro do Botafogo, que já havia levantado a taça em 1968 e 1995. O São Paulo, por sua vez, encerrou sua participação na sexta posição, garantindo vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores.
Desde o início da partida, o Botafogo demonstrou sua determinação em conquistar o título. Aos 13 minutos, Luiz Henrique cruzou rasteiro para Igor Jesus, que desperdiçou a chance inicial. A pressão continuou, com Marçal e Igor Jesus criando boas oportunidades, mas parando nas defesas de Jandrei.
O São Paulo teve sua única chance clara aos 35 minutos, quando William Gomes tentou encobrir o goleiro John, mas errou o alvo. Pouco depois, Savarino abriu o placar para o Botafogo, aproveitando um erro de Santiago Longo e um passe preciso de Igor Jesus para encobrir Jandrei.
No segundo tempo, o Botafogo adotou uma postura mais cautelosa, buscando administrar a vantagem. Ainda assim, quase ampliou com Luiz Henrique, mas foi o São Paulo que empatou aos 18 minutos, com William Gomes aproveitando um erro de Marlon Freitas.
Nos acréscimos, Gregore garantiu a vitória e o título para o Botafogo, ao se antecipar a Jandrei e marcar o gol decisivo. A torcida alvinegra, que lotou o Nilton Santos, pôde finalmente comemorar o retorno do clube ao topo do futebol brasileiro, coroando uma campanha memorável.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 X 1 SÃO PAULO
Local: estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro Data: 08/12/2024 Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Anderson Daronco (FIFA-RS) Assistentes: Bruno Boschilia (FIFA-PR) e Fabrício Vilarinho da Silva (FIFA-GO) Gols: Savarino, aos 37′ do 1ºT, e Gregore, aos 47′ do 2ºT (Botafogo); William Gomes, aos 18′ do 2ºT (São Paulo)
BOTAFOGO: John; Mateo Ponte, Adryelson, Marçal e Alex Telles; Gregore e Marlon Freitas (Allan); Luiz Henrique (Rafael), Savarino (Matheus Martins), Thiago Almada (Tchê Tchê) e Igor Jesus (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
SÃO PAULO: Jandrei; Ruan (Igão), Alan Franco e Sabino; Igor Vinícius (Michel Araújo), Santiago Longo, Marcos Antônio (Rodriguinho) e Patryck; William Gomes (Ryan Francisco), Nestor e André Silva (Moreira). Técnico: Luis Zubeldía.
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