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Agronegócio

Especialistas falam das expectativas do o setor pecuário para o 2º semestre do ano

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O segundo semestre de 2022 já começou e com ele o período de seca também. Neste período o cenário da pecuária se altera em algumas regiões e as estimativas apontam para a possibilidade de recuperação de preços para o gado.

Na época da ausência de umidade ocorre uma menor oferta de animais para o abate, saindo da safra de animais de pasto passando para a de animais de confinamento.

Segundo o diretor da Acrimat, Ricardo Arruda, neste ano, os custos de produção estão muito elevados, devido ao cenário econômico mundial referente aos insumos agrícolas, sobretudo milho e cereal de soja. Para ele, a expectativa é que haja uma recuperação de preços do gado gordo neste segundo semestre, tomando precauções para que o Efeito China não ocorra, igual ao ano passado. Já em relação ao gado magro espera-se um maior espaço de tempo para o aumento do preço, porém, devido a baixa oferta do gado de reposição, a tendência é que esse reajuste ocorra. 

O diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Jorge Pires, acredita que o próximo semestre trará estabilidade ao setor.

“Devido ao grande aumento dos insumos nossa rentabilidade voltou a baixar, mas acreditamos que o preço, atualmente, está estrangulado, fazendo com que o mercado interno não suporte mais nenhum aumento desses valores e o externo alcançou um limite de valorização, onde não há mais a possibilidade de ultrapassá-lo. Qualquer reajuste, poderá ocasionar a perda de compradores, como a China”, disse.  

Jorge Pires espera que a arroba do boi se estabilize em R$ 300 ou R$ 320, visto que os países que hoje importam possuem uma necessidade muito grande de proteína vermelha, gerando um abastecimento do mercado interno com valores que os mesmos consigam pagar. 

O pecuarista e diretor da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso, Olímpio Risso, também aguarda uma melhora para o mercado e para o produtor nos próximos meses. “Esperamos para o próximo semestre, dada as circunstâncias atuais, uma situação positiva em todos os sentidos, seja no âmbito político, econômico, sanitário e outros”. 

O diretor da Acrimat ainda destaca que a melhor forma de remediar problemas relacionados a custos de produção é planejar antecipadamente. “Se não houver planejamento, programação, reserva de pasto, pasto diferido com uma fenação em pé na propriedade e uma estrutura para o armazenamento de grãos, para o fornecimento de uma ração é importante que o produtor adquira outras estratégia de suplementação, seja por um produto protéico energético, para, no mínimo, manter a nutrição e o peso do gado”.

Fonte: Agroplus.tv 

Fonte: AgroPlus

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Agronegócio

Produto mineiro chega a 86 países e rende R$ 37,2 bilhões

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As exportações de café de Minas Gerais confirmam a força do estado como referência global no setor. De janeiro a outubro de 2024, o café mineiro chegou a 86 países, totalizando 25,1 milhões de sacas exportadas e gerando uma receita de R$ 37,2 bilhões. O produto representou 44% das exportações agropecuárias do estado, consolidando sua posição como carro-chefe do agronegócio mineiro.

A China manteve a posição de maior comprador do café mineiro, enquanto a Bélgica se destacou com um aumento de 125% nas aquisições, totalizando R$ 3,6 bilhões, e subindo para a 4ª posição entre os principais mercados.

A performance supera os números de 2023, quando o estado exportou 25,6 milhões de sacas e arrecadou R$ 33 bilhões. O agronegócio representa 40,3% das exportações totais de Minas Gerais, com expectativa de atingir R$ 102 bilhões em receitas este ano. Além do café, o portfólio inclui soja, produtos sucroalcooleiros, carnes e produtos florestais, que juntos correspondem a outros 41% das exportações do estado.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, atribui o sucesso ao reconhecimento da qualidade e sustentabilidade do agro mineiro. “Os produtores têm investido em tecnologia e práticas que atendem às demandas dos mercados internacionais, garantindo produtos competitivos e ambientalmente responsáveis”, afirmou.

Em outubro, o café mineiro influenciou positivamente as exportações do agronegócio, que registraram R$ 9 bilhões em receitas, alta de 23% em relação ao mesmo mês de 2023. A valorização do grão compensou a redução de 13% no volume exportado, refletindo a busca por produtos premium no mercado internacional.

Com forte demanda global e estratégia bem estruturada, Minas Gerais reafirma sua posição de liderança no setor cafeeiro, conectando a excelência dos grãos mineiros aos principais mercados do mundo.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Brasil acelera importação de fertilizantes e investe em adubos de baixo carbono

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As importações brasileiras de fertilizantes atingiram 4,6 milhões de toneladas em setembro (último levantamento), um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e setembro, o volume importado somou 31,81 milhões de toneladas, o maior registro histórico para o período, com crescimento de 10,9% em comparação a 2023, segundo dados do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Apesar destes números otimistas, a intensificação do conflito no Oriente Médio nos últimos dias tem gerado preocupações no mercado de fertilizantes, com especialistas recomendando que agricultores antecipem suas aquisições para evitar possíveis problemas de oferta e oscilações nos preços. Insumos como cloreto de potássio já estão com fornecimento garantido para a safra 2025/26, enquanto fertilizantes como fósforo e sulfato de amônio ainda apresentam negociações em andamento.

Em paralelo, a empresa Yara Brasil anunciou avanços significativos na produção de fertilizantes sustentáveis. Em sua planta industrial em Cubatão (SP), a empresa iniciou a produção de amônia renovável, fabricada a partir de biometano fornecido pela Raízen. Este biogás é produzido a partir de resíduos da fabricação de etanol e açúcar, como a vinhaça e a torta de filtro.

A nova tecnologia permite a produção anual de 6 mil toneladas de amônia renovável, que será utilizada para fabricar 15 mil toneladas de fertilizantes nitrogenados com baixa pegada de carbono. Atualmente, essa produção corresponde a 3% da capacidade total da planta, mas a expectativa é de expansão conforme a demanda por produtos sustentáveis cresça.

Apesar de otimista, o cenário para a safra 2025/26 exige planejamento estratégico. Enquanto insumos como cloreto de potássio avançam no cronograma, a negociação de defensivos e fertilizantes para milho e soja ainda enfrenta desafios. A relação de troca também segue pressionada, com o preço da saca de soja no Mato Grosso variando entre R$ 110 e R$ 111, apesar da alta cambial.

Combinando inovação sustentável e estratégias de mercado, o agronegócio brasileiro busca se posicionar como líder global, equilibrando produtividade e sustentabilidade. O avanço na produção de fertilizantes de baixo carbono e a ampliação da infraestrutura de biogás podem ser determinantes para o futuro do setor.

Fonte: Pensar Agro

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