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‘Brasil e Argentina não podem ter má relação’, diz Alberto Fernández

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Fernández se encontrou com Bolsonaro na Cúpula das Américas
Divulgação/Casa Rosada

Fernández se encontrou com Bolsonaro na Cúpula das Américas

O inesperado e improvisado encontro entre os presidentes  Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, da Argentina, no âmbito da IX Cúpula das Américas conseguiu, finalmente, desestressar o vínculo entre dois chefes de Estado que estão nas antípodas da política latino-americana. 

Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o presidente argentino, amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que “Brasil e Argentina não podem estar brigados, acima de qualquer diferença política”.

“Brasil e a Argentina não podem ter uma má relação. Temos uma responsabilidade como governo, dos dois lados, e temos de honrar essa responsabilidade, acima das diferenças, que são óbvias e conhecidas”, afirmou o presidente argentino.

O chefe executivo se mostrou descontraído e de bom humor quando foi perguntado sobre sua conversa com Bolsonaro, na última quinta-feira.

Num primeiro momento, a Casa Rosada não divulgou informações sobre a conversa, ocorrida por iniciativa do presidente brasileiro, como o próprio Fernández confirmou.

“Nos encontramos numa prévia da reunião (presidencial), ele se aproximou, me cumprimentou corretamente, tivemos um diálogo amável”, contou Fernández.

“Brincamos um pouco sobre futebol e depois ele me falou sobre seu interesse em ver como Brasil e Argentina podem trabalhar juntos num projeto energético, administrando gás ao Brasil”, ampliou o presidente argentino.

A relação entre ambos passou por momentos de forte tensão. Bolsonaro não foi à posse do argentino, em dezembro de 2019, e cogitou não enviar um alto representante a Buenos Aires. Por pressões internas, acabou viajando o vice-presidente Hamilton Mourão, mas com a orientação de minimizar os contatos com o governo peronista e kirchnerista.

Em 2019, durante a campanha eleitoral argentina, Fernández visitou Lula na prisão. Em dezembro do ano passado, o ex-presidente foi recebido em Buenos Aires com honras de chefe de Estado e foi convidado estrela numa festa popular na Praça de Maio, para comemorar o dia da democracia.

Nos últimos dois anos, o relacionamento melhorou, em grande medida, pelo trabalho do agora ex-embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que acaba de ser nomeado ministro da Produção. 

Scioli estabeleceu um ótimo vínculo com o Palácio do Planalto e o Itamaraty, e conseguiu fechar vários acordos em matéria comercial, apesar da tensão entre os dois presidentes.

Em Los Angeles, pela primeira vez, Bolsonaro e Fernández decidiram aparar arestas. Preocupado com a situação energética no Brasil, o presidente brasileiro disse a seu par argentino que seu governo tem interesse em trabalhar conjuntamente para que o gás da jazida de Vaca Muerta, na Argentina, chegue ao Brasil.

“Dissemos que estamos muito interessados nisso, que vamos desenvolver um gasoduto que vai nos permitir chegar ao limite com o Brasil. Assim o Brasil teria a rede de gás necessária para distribuir internamente”, comentou Fernández.


O presidente argentino contou, ainda, que fez alguns esclarecimentos a Bolsonaro sobre a redução dos envios de gás da Bolívia para o Brasil.

“Esclareci que tinha lido que o Brasil tinha perdido gás da Bolívia, porque a Bolívia teria dado mais gás para a Argentina. Expliquei que isso não era verdade, que teve a ver com a queda da produção na Bolívia. Nós não fomos privilegiados.”

Em Los Angeles, o governo argentino promoveu um encontro de chanceleres do Mercosul, para preparar o terreno para a próxima cúpula de presidentes, no final de julho, no Paraguai. O objetivo é superar crises e tentar avançar.

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Fonte: IG Mundo

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Saiba quem é Michel Nisembaum, brasileiro refém do Hamas em Gaza

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Michel ao lado de três de seus netos
Acervo pessoal

Michel ao lado de três de seus netos

O embaixador do Brasil em Israel recebeu hoje (30) Mary Shorat, irmã do brasileiro Michel Nisembaum, sequestrado pelo Hamas durante os ataques que deram início à guerra entre o grupo e Israel, em 7 de outubro.

“O embaixador Frederico Meyer garantiu à irmã da vítima que o Brasil está fazendo tudo ao seu alcance para ajudar na libertação do brasileiro e dos demais reféns”, diz o comunicado da Embaixada do Brasil em Tel Aviv.

Nesta quinta-feira, o presidente Lula também agradeceu a mediação do Qatar no conflito e na retirada dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza durante um encontro com o Emir Tamim bin Hamad al-Thani, em Doha.

“O Qatar teve um papel importante para a liberação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. Ainda tem mais brasileiros lá ainda. Na liberação de um refém que, sabe, ainda pode ser liberado por esses dias. E eu vim agradecer a ele e daqui nós vamos para a COP [Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima]“, afirmou a jornalistas.


Saiba quem é Michel Nisembaum

O brasileiro Michel Nisembaum tem 59 anos, é natural de Niterói (RJ), e vivia em Israel desde os 12 anos, após emigrar para o país com a mãe e a irmã. Ele foi sequestrado em Sderot, onde morava, perto da fronteira com Gaza.

Após tantos anos em Israel, Michel casou com uma argentina que também tinha dupla cidadania, teve duas filhas nascidas no país judeu e é avô de cinco netos.

Michel estava a caminho de Ashkelon, a 70 quilômetros de distância, para buscar a neta que estava com o pai dela em uma base militar quando foi capturado por membros do Hamas. O genro de Michel é do exército e havia sido convocado naquele dia.

Às 7h13 daquele 7 de outubro, a filha de Michel ligou para ele, mas ninguém atendeu. Dez minutos depois, retornaram do telefone do Michel para ela, gritando em árabe. Desde então, a família não teve mais contato.

Novas informações oficiais

Na semana passada, as Forças de Segurança de Israel procuraram a família de Michel, informando que o carro dele foi encontrado incendiado, mas que a identificação havia sido feita por meio do número do chassi. O notebook da vítima também estava entre os pertences recuperados.

De acordo com informações da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) obtidas pelo Portal iG com exclusividade por telefone, no dia 26 de outubro, um representante da família de Michel esteve em uma reunião remota, via Zoom, onde estava o presidente Lula e outros representantes de governos estrangeiros, junto com outros familiares de reféns do Hamas. O encontro online teria sido organizado pelo governo de Israel.

Uma das maiores preocupações dos familiares, segundo a Fisesp, é a saúde de Michel, por ele ser diabético e ter a doença de Crohn — síndrome inflamatória que afeta certas porções do intestino delgado e o cólon e se não for tratada, pode trazer riscos à vida.

Fonte: Internacional

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Ataque em Jerusalém: Hamas assume autoria de atentado

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Sete pessoas ficaram feridas no ataque
Reprodução: Flipar

Sete pessoas ficaram feridas no ataque

Nesta quinta-feira (30), três pessoas morreram e outras sete ficaram feridas em um atentado a tiros em Jerusalém. O grupo extremista Hamas assumiu a autoria do ataque.

Um comunicado do grupo extremista armado, o atentado foi uma resposta às mortes de mulheres e crianças em Gaza, que vem acontecendo desde o início da guerra.

“Uma resposta direta aos crimes sem precedentes cometidos pelas forças de ocupação, incluindo massacres brutais na Faixa de Gaza, o assassinato de crianças em Jenin e violações generalizadas contra prisioneiros palestinos. Além disso, as contínuas violações na Mesquita de Al-Aqsa e a prevenção do acesso dos fiéis à mesma”, diz o comunicado.

As autoridades locais informaram que o caso ocorreu próximo a um ponto de ônibus, na Jerusalém Oriental . A região é reivindicada pelo povo palestino.

No momento do ataque, dois homens saem de um carro, e começam a atirar contra as pessoas que estavam na rua. Uma vítima morreu no local e as outras duas foram levadas ao hospital Shaare Zedek, mas não resistiram aos ferimentos.

Dois dos setes feridos que estão internados estão em estado crítico.

O chefe de polícia, Doron Turgeman, disse: “Os terroristas são de Jerusalém Oriental. Eles estavam armados com um rifle M-16 e uma pistola. Eles chegaram com um carro e abriram fogo contra civis”.

Os atiradores foram mortos por dois soldados civis que estavam no local no momento do ataque.

Fonte: Internacional

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