conecte-se conosco


Agronegócio

Biotecnologias de soja adicionaram 21,2 milhões de toneladas à produção brasileira nos últimos 10 anos

Publicado

Aumento de rentabilidade e regeneração ambiental também foram benefícios resultantes da maior adesão à inovação, segundo estudo da Agroconsult 

São Paulo, outubro de 2024 — Desde o lançamento da primeira biotecnologia para soja, da Bayer, em meados da safra 2002/2003, a produção da cultura no Brasil cresceu exponencialmente. O volume colhido, que antes girava em torno de 41 milhões de toneladas, saltou para uma média anual de 150 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior produtor e exportador do grão no mundo. Só nos últimos 10 anos, as biotecnologias adicionaram 21,2 milhões de toneladas à produção de soja, um volume equivalente à colheita anual do estado do Rio Grande do Sul, segundo a Agroconsult, referência em análises agrícolas.

“Esse aumento gerou um impacto econômico de R$ 114 bilhões, alavancando diversos setores e fortalecendo a economia brasileira”, afirma André Pessôa, CEO da Agroconsult. O avanço impulsionado pelas biotecnologias que controlam pragas e são tolerantes a herbicidas e sua rápida adoção no país permitiram revolucionar a agricultura de clima tropical, promovendo um salto expressivo na produtividade, a otimização do uso de insumos e a redução de custos, resultando em maior rentabilidade e benefícios ambientais.

Para ilustrar a relevância da soja na economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia produtiva da oleaginosa e do biodiesel está estimado em R$ 422 bilhões em 2024, representando 18% do PIB do agronegócio e 3,9% do PIB nacional, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).

O aumento da produção de soja também trouxe benefícios significativos para a balança comercial. “Nos últimos 10 anos, exportamos 12,8 milhões de toneladas de soja a mais, o que representa o dobro do volume exportado por Minas Gerais em 2023”, destaca Pessôa. “Esse resultado gerou um acréscimo de US$ 8,3 bilhões em reservas, cerca de R$ 45 bilhões no câmbio atual”, acrescenta.

Dentro da porteira, os produtores também demonstram confiança nas biotecnologias. De acordo com os cálculos da Agroconsult, o percentual de adoção das biotecnologias Bt passou de 4% na safra de lançamento, em 2013/2014, para acima de 90% em 2023/2024, segundo as estimativas mais atualizadas.

Um dos destaques é a terceira geração de biotecnologia de soja da Bayer, a Intacta2 Xtend®, que tem permitido aos produtores alcançar produtividades superiores a 100 sacas por hectare. “O que antes parecia inalcançável, hoje é uma realidade”, diz Fernando Prudente, líder de produtos de soja e algodão da divisão agrícola da Bayer.

O relacionamento próximo com agricultores, distribuidores, pesquisadores, produtores de sementes e outros agentes da cadeia produtiva tem sido fundamental para que a Bayer continue desenvolvendo biotecnologias alinhadas aos desafios dos produtores. Ao cocriar soluções é possível identificar e monitorar de perto os problemas que os afetam, sejam relacionados a pragas, matocompetição ou adversidades climáticas.

“Levamos de 12 a 14 anos para desenvolver uma biotecnologia, o que demanda investimentos contínuos. No entanto, com a colaboração de toda a cadeia do setor, um ambiente favorável à inovação e segurança jurídica, essas soluções geram um efeito imediato e significativo na agricultura brasileira”, destaca o executivo da Bayer.

Sustentabilidade e produtividade

Além de elevar a produtividade e mitigar os danos, as biotecnologias otimizam o uso de defensivos agrícolas e reduzem a necessidade de expandir áreas de cultivo, resultando em menores custos e maior rentabilidade para os produtores, ao permitir produzir mais em um mesmo hectare.

Na última década, os investimentos em sementes no Brasil somaram R$ 68,6 bilhões, compensados por uma economia de R$ 72,3 bilhões em defensivos, segundo a Agroconsult. “Com a redução de defensivos e o aumento de 21,2 milhões de toneladas na produção de soja, o setor agrícola brasileiro obteve um ganho de R$ 54,8 bilhões em rentabilidade”, destaca Pessôa.

O levantamento da consultoria também aponta a redução no uso de defensivos, com uma economia de 834 mil toneladas nos últimos 10 anos. Ademais, os produtores também diminuíram o consumo de combustível em 183 milhões de litros e o de água em 6,2 bilhões de litros. Com essas otimizações as emissões de gases de efeito estufa foram significativamente reduzidas, evitando a liberação de 24,8 milhões de toneladas de CO2 e gerando uma economia potencial de aproximadamente R$ 9,2 bilhões em créditos de carbono.

Já de olho no futuro, a Bayer prepara novas biotecnologias para os próximos 10 anos, com foco em uma agricultura mais produtiva, rentável e sustentável. “Nosso objetivo é antecipar tendências e solucionar problemas, o que só é viável com uma compreensão abrangente das demandas do setor e um diálogo constante com todos os elos da cadeia produtiva”, finaliza Prudente, da Bayer.

 

Sobre a Bayer 

A Bayer é uma empresa global com competências essenciais nas ciências da vida nos setores de agronegócios e saúde. Seus produtos e serviços são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para superar os principais desafios apresentados por uma população global em crescimento e envelhecimento. A Bayer está comprometida em impulsionar o desenvolvimento sustentável e gerar um impacto positivo em seus negócios. Ao mesmo tempo, o Grupo pretende aumentar o seu poder de ganho e criar valor através da inovação e do crescimento. A marca Bayer representa confiança, confiabilidade e qualidade. O Brasil é a segunda maior operação da companhia no mundo.

Comentários Facebook
publicidade

Agronegócio

Consumo de biodiesel pode superar 10 milhões de m³ em 2026

Publicado

O consumo de biodiesel no Brasil segue em ritmo de expansão e deve alcançar 9,8 milhões de metros cúbicos em 2025, avanço de quase 9% em relação a 2024. Para 2026, a projeção é de novo crescimento, com a demanda chegando a 10,5 milhões de m³, impulsionada pela vigência integral da mistura B15, que eleva de 15% a proporção obrigatória de biodiesel ao diesel mineral.

De janeiro a agosto deste ano, já foram comercializados 6,4 milhões de m³, aumento de 6,4% sobre o mesmo período do ano anterior. O resultado reflete o bom desempenho do programa nacional de biocombustíveis e a recuperação gradual da demanda por transporte rodoviário e maquinário agrícola.

O avanço do biodiesel tem impacto direto sobre o consumo de óleo de soja, principal insumo do setor. No acumulado de 2025, o uso da oleaginosa já soma 5,1 milhões de toneladas, crescimento próximo de 10% na comparação anual. Com a estabilização da mistura B15, o consumo total deve atingir 8,4 milhões de toneladas em 2026.

Além do óleo vegetal, o sebo bovino ganha participação como matéria-prima alternativa, especialmente diante de tarifas externas que reduzem sua competitividade no mercado internacional. Com isso, a maior parte da produção tende a ser redirecionada ao consumo doméstico, fortalecendo a oferta interna de biocombustível e contribuindo para a diversificação da matriz energética.

Há ainda a possibilidade de que o percentual obrigatório da mistura seja elevado para B16 a partir de 2026, o que elevaria a demanda anual para cerca de 11 milhões de m³, crescimento de mais de 12%. Especialistas apontam que o avanço do programa fortalece o agronegócio, gera valor à produção de soja e reduz a dependência do diesel fóssil, consolidando o Brasil como um dos maiores produtores mundiais de biodiesel.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Agronegócio

Bruxelas propõe salvaguardas para viabilizar acordo com Mercosul

Publicado

A Comissão Europeia apresentou nesta quarta-feira (08.10) um conjunto de medidas de salvaguarda visando proteger os produtores da União Europeia de possíveis impactos das importações do Mercosul.

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia é o tema da Revista Pensar Agro que está disponível clicando aqui

As regras sugeridas permitem investigar casos em que produtos agrícolas importados custem ao menos 10% menos que produtos similares europeus ou quando o volume importado cresça mais de 10% em relação ao ano anterior, cenários que podem gerar suspensão temporária de tarifas preferenciais.

O anúncio ocorre num momento delicado: o acordo Mercosul-UE está em gestação há mais de 25 anos. Embora os textos tenham sido concluídos em dezembro de 2024, sua eficácia depende ainda da ratificação pelos Parlamentos europeus e pelos Estados-membros.

Entre os setores que receberão atenção especial nas salvaguardas estão carnes bovina, ovos e etanol, considerados sensíveis na Europa. A Comissão ressalta que as medidas valerão apenas se for comprovado “prejuízo sério” ao produtor europeu ou um aumento inesperado nas importações que possa desestabilizar os mercados internos.

Essas salvaguardas ainda dependem da aprovação do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu, sem necessidade de reabertura dos textos comerciais. Entretanto, entidades agrícolas europeias já criticam os critérios de acionamento como “ilusórios” e pouco operacionais para garantir proteção efetiva.

Para avançar, a Comissão tenta dissociar os aspectos puramente comerciais dos elementos políticos do acordo. Com isso, espera obter aprovação por maioria qualificada de Estados-membros e pelo Parlamento Europeu sem que o pacto retorne às negociações.

Fonte: Pensar Agro

Comentários Facebook
Continue lendo

Política RO

Cidades

Policial

Mais Lidas da Semana