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Agronegócio

Congresso reúne setor em meio a importação forte e safra menor

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Na próxima segunda-feira (20.10), o Rio de Janeiro recebe a 32ª edição do Congresso Internacional da Indústria do Trigo. O evento, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), consolida-se como fórum estratégico de debates sobre os rumos da cadeia tritícola em um momento de mudanças no mercado global e nacional.

O congresso traz à pauta temas como automação industrial, inteligência artificial na moagem, mudanças no perfil do consumo, sustentabilidade, competitividade e o papel da indústria nacional no enfrentamento dos gargalos logísticos e da volatilidade global.

A safra brasileira de trigo 2025/26 deve alcançar cerca de 7,3 milhões de toneladas, conforme as principais consultorias do setor, um patamar similar ao do ano passado, mas ainda insuficiente para cobrir o consumo interno, estimado em quase 12 milhões de toneladas.

A área plantada caiu 16,7%, concentrando-se sobretudo nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, principais produtores nacionais. No Paraná, o recuo é decorrente de safras frustradas anteriores, crédito restrito e concorrência com o milho safrinha. No Rio Grande do Sul, o clima adverso e perdas na safra de verão limitaram investimentos e atrasaram o cronograma do plantio.​

Apesar dessas restrições, ganhos de produtividade pontuais mantêm expectativas positivas em algumas regiões. Ainda assim, o Brasil deve importar entre 6,2 e 7 milhões de toneladas de trigo de seus parceiros tradicionais, como Argentina, Paraguai e Uruguai. O aumento da dependência externa reforça a relevância estratégica do evento, que reunirá representantes de toda a cadeia – produtores, moinhos, varejo, governo e delegações estrangeiras.​

No exterior, o trigo brasileiro consolida-se como alternativa competitiva, com exportação projetada em cerca de 2 milhões de toneladas para 2025 – volume modesto no contexto global, porém relevante para mercados asiáticos, africanos e do Oriente Médio. O cenário cambial incerto e a volatilidade das commodities podem impactar tanto o potencial exportador quanto os custos de importação e de produção.​

SERVIÇO

  • Evento: 32º Congresso Internacional da Indústria do Trigo

  • Data: 20 a 22 de outubro de 2025

  • Local: Hotel Windsor Barra – Rio de Janeiro (RJ)

  • Inscrições e programaçãowww.congressoabitrigo.com.br

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado conquista espaço global com defesa agropecuária e carne bovina

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Rondônia vem se destacando como referência nacional na defesa sanitária agropecuária. O Estado foi pioneiro ao receber reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, chancela concedida pela OMSA em 2021, resultado direto da parceria sólida entre produtores rurais e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril.

Essa conquista trouxe ganhos concretos para quem trabalha no campo. A suspensão da vacinação contra aftosa reduziu custos para os pecuaristas e, ainda mais importante, aumentou a confiança internacional na carne produzida em solo rondoniense. Com garantias sanitárias reconhecidas, Rondônia passou a acessar mercados mais exigentes e rentáveis, impulsionando as exportações e reforçando o status da pecuária estadual no cenário brasileiro.

Números recentes confirmam esse bom momento. Segundo dados oficiais do setor, só em 2024 o Estado embarcou ao exterior mais de 276 mil toneladas de carne bovina, movimentando US$ 1,16 bilhão. E de janeiro a setembro de 2025, as exportações já superam US$ 1,1 bilhão, com aumento de mais de 17% no volume em relação ao mesmo período do ano anterior. Com esse ritmo, a expectativa é ultrapassar com folga o total exportado em 2024.

Mesmo países que elevaram barreiras ao comércio, caso dos Estados Unidos com o recente “tarifaço”, mantiveram interesse pelo produto de Rondônia. Em 2024, as vendas para o mercado norte-americano somaram quase US$ 60 milhões; em 2025, em apenas nove meses, esse valor já ultrapassou US$ 77 milhões – mais de 50% acima do registrado no ano anterior.

Atualmente, Rondônia contabiliza um rebanho de aproximadamente 18 milhões de cabeças, espalhadas por mais de 114 mil propriedades rurais. Para manter esse patamar e garantir acesso contínuo a mercados internacionais, produtores devem estar atentos à atualização cadastral obrigatória, ação fundamental para rastreabilidade, formulação de políticas públicas e avanço sanitário.

A partir de novembro, terá início a segunda etapa anual da declaração de rebanhos. O processo pode ser feito de maneira digital, diretamente pelo portal oficial da Agência Estadual, reduzindo custos e facilitando a vida do produtor.

O exemplo de Rondônia mostra como resultados positivos em sanidade animal abrem portas, agregam valor ao produto e fortalecem a posição do Estado – e do produtor local – no competitivo mercado global de carnes.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Custo de produção recua, mas clima e crédito trazem alerta

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O mês de setembro trouxe algum alívio nas planilhas de custos do agricultor mato-grossense. Segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o desembolso necessário para semear um hectare de soja transgênica caiu para R$ 4.173,76, uma queda de 1,96% em relação a agosto. A redução veio impulsionada especialmente pela baixa nos preços de fertilizantes e defensivos, mesmo com o gasto em sementes subindo no período.

No milho segunda safra, a realidade foi inversa: o custo subiu levemente, atingindo R$ 3.305,87 por hectare, alta de 0,32% em relação ao mês anterior. O incremento é explicado pelo aumento do custo operacional efetivo, que ultrapassou R$ 4.790 por hectare em setembro. Já o algodão de alta tecnologia teve o maior recuo entre as culturas, com retração de 2,7% no custo de produção, fechando o mês em R$ 10.769,75 por hectare. Os fertilizantes, especialmente macronutrientes, foram os grandes responsáveis pelo movimento de baixa também nesta cultura.

Apesar do respiro nos custos de alguns insumos, o clima volta a colocar pressão sobre o planejamento do campo em Mato Grosso. A irregularidade das chuvas traz preocupação extra: faltam precipitações adequadas para garantir o desenvolvimento das lavouras, ampliando o risco de replantio e impactando a janela do milho safrinha. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) reforça que o atraso das chuvas compromete a produtividade, e, em um ano de margens enxutas, cada replantio ou falha de estande pesa ainda mais no bolso do agricultor.

Outro fator apontado pelo setor, além do clima, é a necessidade de crédito e condições financeiras adequadas para manter a viabilidade das operações. Na avaliação das entidades, o produtor precisa de apoio para atravessar um cenário de investimentos mais restritos e incertezas na safra, evitando prejuízos e buscando garantir segurança econômica mesmo diante dos desafios em campo.

Nos bastidores do agronegócio, a cautela é palavra de ordem: queda pontual nos custos pode ser uma boa notícia, mas o balanço final da safra depende de um conjunto de fatores. Regularidade das chuvas, estabilidade no mercado de insumos e acesso ao crédito continuarão determinando o sucesso de quem trabalha de sol a sol no cerrado mato-grossense.

Fonte: Pensar Agro

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